COMENTÁRIO
Scarcela Jorge.
QUESTÃO
DE RACIONALIDADE PARA MUDANÇAS DE
CONCEITOS NO FUTEBOL BRASILEIRO.
Nobres:
A
nossa concepção juntada o de milhões de brasileiros que usam o senso critica
daquilo que antes se cognominada de “país do futebol” vem nos reportar sobre o fracasso
da Seleção Brasileira que veio expor mais do que as deficiências técnicas da
equipe que disputou o Mundial. O selecionado apenas reflete carências crônicas
do futebol brasileiro, que precisa passar por uma profunda reformulação. Mas a
renovação na gestão será incompleta se for focada somente na estrutura dos
organismos de cúpula. Deve passar por mudança de mentalidade que mexa com as
convicções superadas dos clubes, com suas relações de escassa transparência com
os torcedores que os sustentam e com a democratização efetiva de agremiações
agarradas a conceitos do futebol do século passado. O Brasil é desafiado a
construir um caminho sereno e democrático, sem intervenções do governo num tema
que não lhe compete, mas também sem a leniência que facilite a corrupção e a
apropriação da CBF por grupos organizados para tirar proveito da maior paixão
nacional. Já não se trata apenas de mudar a comissão técnica ou de continuar
confiando no talento individual dos jogadores. O Brasil precisa rever, da forma
mais ampla possível, a abordagem ainda amadora do futebol, em desacordo com
espetáculos que envolvem cifras milionárias, mobilizam sentimentos clubísticos
e de nacionalidade e refletem, externamente, a imagem do país. Está claro, por evidências
e diagnósticos, que os problemas se multiplicam a partir da precária gestão das
entidades, entre as quais as que integram a elite do futebol. Modelos
ultrapassados ainda presidem grande parte do sistema de escolhas dos dirigentes
dos clubes e, por consequência, dos mandatários das entidades federativas.
Ainda são raros os exemplos de controle social dos clubes, decisivo para que
expressem o poder de associados e torcedores e sejam por eles orientados em
suas grandes decisões. Líderes efetivamente comprometidos com a mudança devem
se articular e assumir o protagonismo, ou preservaremos o que não vem dando
certo. Exemplos existem, a começar pelo que foi feito nessa área na Alemanha na
última década. Os dirigentes do futebol não têm o direito de continuar
contagiando negativamente a nação com o autoengano de que viveremos de
conquistas históricas. Há urgência, para que possamos voltar a ostentar com
dignidade e profissionalismo o título de país do futebol. A lição poderá ser
bem assimilada estabelecendo conceitos referentes as mudanças racionais do
nosso futebol.
Antônio
Scarcela Jorge.
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