ADEUS À ORDEM
O verbo matar, tão assustador,
conjugado no vernáculo nacional, tem se transformado em um monstro na classe
média brasileira, com incidência na juventude. Na região do Cariri, Ceará, a
estatística registra homicídios diários, nessa guerrilha urbana, com quadrilhas
bem armadas.
Os veículos de comunicação bradam
por socorro as autoridades, exigindo o sagrado direito de preservação à vida do
povo, sabendo-se que o Poder, nos seus órgãos de segurança, reconhece seus
limites em oferecer defesa ampla e proteção ao cidadão, que paga seus impostos.
Faltam equipamentos bélicos,
técnicos e humanos nas nossas polícias. O bandido ataca bem armado com apoio da
corrupção, pontificando surpresas terríveis. A rotulagem deixada pelo general
De Gaulle, de que: "O Brasil não é um País sério" prossegue
amordaçada a um Poder político de interesses privados, onde a segurança pública
é vítima, tanto quanto ao descumprimento de sua legislação. O caso do mensalão
e outras farsas são marcas registradas. Existem decepções no Congresso, sempre
privado de mover os grandes projetos de leis salvadoras. A opinião pública já
ensaia um caminho de fazer justiça pelas próprias mãos, em que o assassino de
ontem pode ser o defunto de amanhã.
A violência no Brasil é
manipulada pelos baderneiros e outros bandidos, debochando da nossa segurança
pública fragilizada e do descumprimento das nossas leis. Isso pode exigir o
grito de alerta nacional contra e ausência do Poder, de: "Cada um cuide de
si". Parece distante o retorno à segurança neste País e não podermos
pensar em "Sonhos de uma noite de verão".
Geraldo
Menezes Barbosa
Jornalista e escritor.
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