BRASÍLIA - O
diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Romeu Rufino,
disse nesta terça-feira, 29, que o impacto do empréstimo para as distribuidoras
será de 8 pontos porcentuais na tarifa de energia. O aumento será repassado à
conta de luz dos consumidores a partir de 2015 e permanecerá na tarifa por dois
anos.
"O reajuste
leva em consideração um conjunto de fatores, mas podemos dizer que o empréstimo
terá um impacto no reajuste dessa ordem de grandeza (8 pontos
porcentuais)", afirmou Rufino.
Segundo ele,
esse aumento será tratado como um componente financeiro, que entrará na tarifa
em 2015, permanecerá por dois anos, até 2017, e será retirado ao final desse
período. O início do repasse ao consumidor dependerá na data do reajuste tarifário
anual de cada distribuidora.
O diretor-geral
disse ainda que outros fatores podem ter um impacto negativo na tarifa, de
forma a reduzir o valor do reajuste de 2015, mas não fez projeções para esse
aumento tarifário. "Não estou com isso querendo dizer que o reajuste no
ano que vem será de 8%, pois o reajuste leva em consideração outros
fatores", acrescentou.
A devolução à
União das usinas da Cesp, Cemig e Copel, que geram cerca de 5 mil MW médios,
deve contribuir para reduzir o aumento, pois o valor cobrado pela energia
dessas usinas na conta de luz será bem menor. Segundo Rufino, essa devolução
terá um impacto "bastante relevante" e será capaz de
"neutralizar, em grande parte, se não na totalidade, o impacto do
empréstimo".
Ainda de acordo
com ele, um regime de chuvas mais favorável pode contribuir para reduzir o
valor da energia no mercado de curto prazo, o que ajuda a reduzir o patamar dos
reajustes.
O financiamento
feito pelo consórcio de bancos e intermediado pela Câmara de Comercialização de
Energia Elétrica (CCEE) deve totalizar R$ 17,7 bilhões para as empresas. Desse
total, R$ 11,2 bilhões já foram repassados e outros R$ 6,5 bilhões devem ser
fechados nas próximas duas semanas.
Fonte:
Agência Estado.
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