COMENTÁRIO
Scarcela Jorge.
CORROSÃO DA POLÍTICA.
Nobres:
Deixando de lado a comunhão de
brasilidade que também nos impera e toma conta de uma seleção brasileira que
empolga o torcedor com méritos de nossos jogadores fruto da conquista de cinco
títulos mundiais. Diferente de uma seleção que o poder associa-se e quem tem
como astros e estrelas; Lulas e Dilmas, montaram uma equipe que priorizam
infraestruturas descreras como reconstruções de estádios, na verdade 95%
acabados para o evento, onde aeroportos, o sistema viário entregues as
empreiteiras não foram concluídos. A prioridade de governo deixou a margem os
problemas vivenciados pelo povo, com o estado precário da saúde, educação
segurança e mobilidade urbana se estabelecendo o caos para essa sistemática,
quando estamos perecendo a moral e a ética com a permanente parceria da
corrupção embutida no governo. Isto eleva naturalmente as conseqüências
negativamente imprevisíveis como aconteceu em Belo Horizonte onde caiu um viaduto, que fora construído às pressas
para a Copa do Mundo, como parte do programa da prefeitura local de ampliação
do acesso ao estádio de futebol. O viaduto matou pelo menos duas pessoas, e
quem sabe quantas tiveram algum machucado por conta do acidente. O caso do
viaduto ilustra um problema trágico por trás da distorção do papel do governo
na nossa sociedade. Ideias têm consequências, e nesse caso, uma má ideia sobre
o papel do governo civil levou a essa consequência trágica. O problema é muito
mais profundo do que uma mera lambança da construtora. Existem várias esferas
da vida humana. A esfera da justiça pública opera segundo a lógica da coerção
legítima do governo para combater a iniciação criminosa da violência. Já a
esfera que cabe às empresas que constroem viadutos está mais diretamente
sujeita às normas da alocação de recursos econômicos escassos. Idealmente, o
governo estaria usando a sua coerção legítima para combater larápios,
estupradores e homicidas, dentre outros, e a empreiteira que faz viadutos, estradas,
um arremedo de recuperação “postadas com areia e borra”, num acinte aos
usuários dessas estradas especialmente aqui na zona norte do Ceará onde a complacência
do governo para as construtoras torna-se ignomínia do governo e empreiteiras,
quando obras de recuperação são feitas para durar menos de um mês. Se houvesse
sensatez essas empreiteiras estariam sujeitas às regras de viabilidade
econômica de projetos. Acontece que na nossa sociedade não é assim que tem
funcionado, reiteramos o governo, que porcamente faz seu papel de justiça
pública, decide que precisa ser médico, pai, professor, organizador de eventos
(como a Copa e forrós “culturais”) e engenheiro. Voltando as obras ditas como
estruturais, o cálculo econômico fica distorcido, pois qualquer que seja a
empresa contratada para fazer a obra (se não for um ramo do próprio governo, em
geral, tende a ser o primo de alguém no governo), ela acaba ganhando alguma
imunidade contra a lógica que é própria à sua esfera. Ela passa a contar com a
“ajudinha” do poder de coerção e compulsão do governo. Aí, onde havia um
incentivo para fazer um serviço bem-feito, passa a existir um incentivo a programar
qualquer maluquice com nome de “política pública” do governo. Isso inclui a
política pública de organizar eventos, como a Copa do Mundo. Muita gente
está convencida de que precisamos do governo provendo todas as coisas, caso
contrário não haveria estradas, viadutos e nem mesmo Copas do Mundo. O caso do
viaduto em Belo Horizonte está longe de ser uma lição completa. Existem ainda
muitas perguntas sem resposta, enquanto o caso ainda se desenvolve e é
investigado. Porém, uma pergunta com resposta é: sem o governo seja a esfera
política entre entes governamentais - promoter-de-eventos, (festas com
bandas de forró que superfaturam para os municípios com o firme pretexto de
realizar eventos “culturais???) ao ar livre a maioria do segmento estranhos a
sociedade sadia pensa também assim) Existe uma cadeia diversificada com o mesmo
padrão; uns entre centenas de outros, o viaduto teria existido? Sem o governo-engenheiro,
o viaduto teria sido feito da mesma forma? Muito provavelmente, não. Talvez
jamais se pensaria em construir um viaduto ali. Talvez sim, mas com a decência
mínima duma obra que, embora superfaturada e atrasada, ao menos não cairia
em cima dum ônibus, matando transeuntes inocentes. Porém, podemos sonhar mais
alto e pensar num mundo sejam mais respeitadas, onde o governo se
restrinja a promover a justiça pública e os projetos sejam sólidos, tanto
do ponto de vista econômico como técnico e estrutural. As duas vidas que
poderiam ter sido poupadas me parecem ser uma resposta bastante
persuasiva. Se não houver maior consciência da sociedade para estabelecer a
razão se torna uma incógnita para o futuro do Brasil.
Antônio Scarcela Jorge.
Nenhum comentário:
Postar um comentário