OPINIÃO -
DIÁRIO DO NORDESTE.
COLUNA IDÉIAS.
JUSTIÇA LENTA.
Precisamos modernizar a nossa
Justiça tomando como exemplo os modelos espanhóis, portugueses etc.
Na Espanha, o juiz, ao ser
aprovado no respectivo concurso, recebe logo uma casa para morar, não passa a
ser dele, enquanto não for paga. Os seus filhos têm os estudos
custeados pelo Estado até a conclusão do ensino superior.Os serviços são sempre
fiscalizados pelas corregedorias, não pela qualidade, mas sim pela quantidade,
posto que na primeira hipótese os tribunais já o fazem. Não é como procedemos aqui no
Brasil, cujas corregedorias só se movimentam para fazê-lo quando são provocadas. Já, em Portugal, a Justiça é
sumamente rápida, ou seja, logo que é apresentada uma ação, as partes são
intimadas para uma audiência na qual sempre é resolvida a questão. Se, por acaso, isto não
acontecer, passa para o dia seguinte, com o exame do mérito. Isto significa que a primeira é
mista, ou de conciliação, e se for espécie de pequena causa de mérito também. Já, aqui no Brasil, e
especialmente no Estado do Ceará, foi criado o Juizado de Pequenas Causas, e
para infelicidade nossa, em algum deles, já existem mais de cinco mil processos
parados. Em razão disto, os advogados já
estão dando preferência às varas comuns, pois algumas estão julgando com mais
rapidez os seus processos. Com a palavra o digno, competente
e dinâmico juiz por convicção e idealismo, desembargador Brígido, que, se não
for ele o arquiteto da dinamização da nossa máquina judiciária, dificilmente
outro será.
Edgar Carlos de Amorim
Desembargador.
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