TEMER NÃO SE ENVOLVERÁ NA SUCESSÃO DA CÂMARA E DO SENADO, DIZ PORTA-VOZ.
Alexandre Parola deu a declaração em pronunciamento nesta sexta (4).
As duas casas legislativas escolherão novos presidentes em fevereiro.
O porta-voz da Presidência, Alexandre Parola, afirmou
nesta sexta-feira (4), por meio de um pronunciamento no Palácio do Planalto,
que o presidente Michel Temer não irá interferir nas eleições internas do
parlamento que escolherão, em fevereiro, os novos presidentes da Câmara e do
Senado.
Apesar de ainda faltar três meses para o processo
eleitoral, a corrida pela sucessão de Rodrigo Maia (DEM-RJ), na Câmara, e de
Renan Calheiros (PSDB-AL), no Senado, já foi deflagrada nas duas casas
legislativas.
Parola fez o pronunciamento para, segundo ele, rebater
reportagens veiculadas na imprensa que citavam articulações do presidente da
República no processo que irá definir os novos presidentes da Câmara e do
Senado.
"Em razão de matérias veiculadas hoje pela
imprensa, o presidente da República entende apropriado esclarecer que, à
semelhança do que aconteceu nas eleições municipais, em que não interveio em
nenhuma das disputas eleitorais, manterá a mesma conduta de não envolvimento no
processo de escolha e eleição das futuras presidências do Senado Federal e da
Câmara dos Deputados", ressaltou o porta-voz.
O Planalto está preocupado com a possibilidade de um
racha na base governista com a eventual interpretação de aliados de que o
presidente está se envolvendo nas eleições internas do Legislativo para
assegurar a vitória de candidatos que contam com a simpatia do governo.
Tanto
que, no pronunciamento desta sexta, o porta-voz fez questão de destacar a
importância de manter a harmonia na base.
"O governo de o presidente Michel Temer conta com
o apoio de uma ampla base parlamentar, composta de um conjunto muito
significativo de partidos, e entende ser de grande importância manter a união
desta base de apoio, a qual tem sido fundamental para o avanço dos projetos de
reconstrução da economia brasileira e de reformas em prol do povo brasileiro",
ponderou Parola.
Eleito em julho para um mandato-tampão de seis meses,
Rodrigo Maia, teoricamente, não pode se candidatar à reeleição. Apesar de o
regimento interno da Câmara vetar a possibilidade de reeleição, o deputado do
DEM é considerado um dos principais candidatos ao posto.
No Senado, o líder do PMDB, Eunício Oliveira (CE), é
tratado como pré-candidato à presidência da Casa.
Irritado com a deflagração da disputa por sua
sucessão, Renan chegou a afirmar na última terça-feira (1º) que quer evitar a
“antecipação do debate” eleitoral para, segundo ele, não “embaçar” o cronograma
de votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que estabelece um teto
para os gastos públicos federais.
De acordo com o peemedebista, a pauta da eleição
interna só será debatida em janeiro. “Nós só vamos tratar da eleição para a
Presidência do Senado em janeiro.
Nós não devemos fazer absolutamente nada que
possa embaçar, dificultar esse calendário que está estabelecido, com apoio dos
líderes, de votação da PEC dos gastos públicos”, destacou Renan ao final de uma
reunião da mesa diretora do Senado.
Fonte: G1 – DF.
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