sexta-feira, 18 de novembro de 2016

EX GOVERNADOR DO RJ









CABRAL PRATICOU CRIMES DE FORMA 'PROFISSIONAL E REITERADA', DIZ MORO.

Ex-governador do Rio, Sérgio Cabral, foi preso nesta quinta-feira.

Investigação contra ele é derivada da Operação Lava Jato.


O juiz Sérgio Moro afirmou no despacho que determinou a prisão do ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (PMDB), que as provas apresentadas pela investigação apontam indícios de que foram cometidos crimes de forma "profissional e reiterada" pelo político.

Cabral foi detido na manhã desta quinta-feira (17), na Operação Calicute, derivada da Lava Jato.

"As provas são, em cognição sumária, da prática reiterada, profissional e sofisticada de crimes contra a administração pública e de lavagem de dinheiro por parte de Sérgio Cabral e de seu operador financeiro Carlos Miranda", afirmou Moro.

A operação investiga supostas propinas pagas por construtoras ao ex-governador fluminense. Segundo o MPF, Cabral recebia propinas mensais que variavam entre R$ 200 e R$ 300 mil. A investigação aponta que a fraude pode ter gerado prejuízo de mais de R$ 200 milhões aos cofres públicos.

Para Moro, o tamanho dos supostos crimes cometidos justifica a prisão preventiva de Cabral e das outras pessoas envolvidas no caso. "A magnitude e a reiteração delitiva caracterizam risco à ordem pública", afirma o magistrado.

O juiz ainda citou a atual situação de crise financeira do Estado do Rio de Janeiro para justificar a prisão de Sérgio Cabral.
Essa necessidade da prisão faz-se ainda mais presente diante da notória situação de ruína das contas públicas do Governo do Rio de Janeiro.

Constituiria afronta permitir que os investigados persistam fruindo em liberdade do produto milionário de seus crimes, inclusive com aquisição, mediante condutas de ocultação e dissimulação, de novo patrimônio, parte em bens de luxo, enquanto, por conta da gestão governamental aparentemente comprometida por corrupção e inépcia, impõe-se à população daquele estado tamanhos sacrifícios, com aumento de tributos, corte de salários e de investimentos públicos e sociais.

Uma versão criminosa de governantes ricos e governados pobres, disse o juiz.

Moro também determinou o bloqueio de R$ 10 milhões das contas de Cabral e das demais pessoas e empresas investigadas na Operação Calicute.
Fonte: G1 – PR.

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