ATÉ ENTÃO FUNCIONANDO COMO CURRAL ELEITORAL DO PETISMO.
Do total, 654 mil tiveram os recursos suspensos até que comprovem a necessidade de continuar no programa.
469 mil beneficiários já estão fora, sem retorno, porque têm renda de R$ 440 per capita.
O governo do presidente Michel Temer (PMDB) tirou do
Bolsa Familia 1,1 milhão de beneficiários, segundo reportagem da Folha de S.
Paulo desta segunda (7).
Desse total, 654 mil tiveram os recursos suspensos até
que comprovem a necessidade de continuar no programa e outros 469 mil já estão
fora, sem retorno, porque têm renda de R$ 440 per capita.
Esses um milhão e cem mil de benefícios bloqueados
representa, nas contas do governo, uma economia de R$ 2,4 bilhão por ano.
Em
números absolutos, Temer tirou do programa 8% dos cadastrados, que somavam 13,9
milhões.
De acordo com reportagem da Folha, o corte aconteceu
porque um "pente-fino" feito pelo governo levou a esses dois grupos o
dos que não precisam de ajuda do Estado, na visão do novo Ministério do
Desenvolvimento Social, porque recebem pouco mais de R$ 440 per capita, e o
grupo dos que precisam regularizar a situação.
A reportagem não cita um dos motivos mais usado em
governos petistas para suspender temporariamente os repasses do programa: o
descumprimento de alguma das condicionalidades, como manter a freqüência
escolar das crianças.
O jornal diz que para realizar o balanço, "o
governo afirma ter cruzado, desde junho, dados de seis bancos de dados
diferentes, como a Relação Anual de Informações Sociais (Rais), o Cadastro
Geral de Empregados e Desempregados (Caged), INSS, entre outros.
O Bolsa Família, contudo, tem um banco de informações
próprio que também não foi citado na matéria da Folha.
O governo espera que boa parte desses benefícios
cortados temporariamente (654 mil) possa ser reativada tão logo os usuários do
programa comprovem renda.
Os casos em que houve um bloqueio podem durar até
três meses.
"Com a possibilidade de revisão, a expectativa do
governo é que ao menos R$ 1 bilhão em benefícios do Bolsa Família seja
cancelado após a verificação.
“Para este mês, o impacto é de R$ 85 milhões.”
Ainda segundo o texto, outras 1 milhão e 400 mil
famílias corre o risco de serem cortadas do programa se não regularizarem o
cadastro nos próximos meses.
Eleições.
Além dos cortes anunciados, o governo Temer também
decidiu bloquear os benefícios de 13 mil famílias identificadas pelo Tribunal Superior
Eleitoral (TSE) como doador de campanha na prestação de contas de candidatos
nas últimas eleições.
“São pessoas que podem ter tido o CPF usado”, disse o
ministro do Desenvolvimento Social, Osmar Terra.
O governo ainda disse que agora fará esse pente-fino
no programa mensalmente. Antes, era feito, pelo menos, uma vez por ano.
Fonte: G1 – DF.
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