quarta-feira, 23 de novembro de 2016

"FARRA DA IMPUNIDADE"








SENADO APROVA URGÊNCIA PARA PROJETO DE ABUSO DE AUTORIDADE.


Medida permite votação após 4 sessões; acordo prevê em 6 de dezembro.

Antes de análise, tema será debatido em audiências com MP e Sérgio Moro.


O Senado aprovou nesta terça-feira (22) um requerimento, assinado por líderes partidários, que coloca em regime de urgência o projeto que endurece as punições para autoridades que cometem abuso.

Com a aprovação do regime de urgência, o projeto pode ser colocado em votação no plenário após quatro sessões, segundo o Regimento Interno do Senado.

Mas o calendário anunciado pelo presidente Renan Calheiros (PMDB-AL), autor da proposta, prevê a votação no próximo dia 6, conforme acordo entre os líderes partidários.

O relator da proposta, senador Roberto Requião (PMDB-PR), que também defende a medida, ainda não apresentou parecer sobre o projeto.

Senadores contrários à proposta argumentam que o projeto poderá inibir as investigações da Operação Lava Jato.

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e o juiz Sérgio Moro, responsável pela Lava Jato na primeira instância da Justiça Federal, também são contrários ao projeto.

Investigado pela Lava Jato, Renan Calheiros vem defendendo a proposta. Para ele, a atual legislação sobre o abuso de autoridade, que tem mais de 50 anos, está “gagá” e precisa ser “atualizada”.

Nesta terça, ele disse que a proposta é importante para a evolução do país. “É muito importante que o Brasil evolua em relação aos outros países no sentido de que nós possamos punir, esteja onde estiver, o abuso de autoridade e há um esforço do Senado no sentido de que isso aconteça até o dia 15”, disse.

No entanto, o texto tem sido criticado por parlamentares e integrantes do Ministério Público que acreditam que o projeto pode atrapalhar investigações que envolvam políticos.

Nesta quarta-feira (23), o Senado realizará uma sessão temática para discutir a proposta.

Foram convidados o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, e o presidente da OAB, Cláudio Lamachia.

Em uma segunda sessão de debates, prevista para 1º dezembro, está entre os convidados o juiz Sérgio Moro, responsável pela Lava Jato na primeira instância da Justiça Federal.

O projeto
A proposta prevê pena de um a quatro anos de prisão, além do pagamento de multa, para delegados estaduais e federais, promotores, juízes, desembargadores e ministros de tribunais superiores que ordenarem ou executarem "captura, detenção ou prisão fora das hipóteses legais".

O texto também prevê punição para a autoridade que recolher ilegalmente alguém a uma carceragem policial e deixar de conceder liberdade provisória ao preso – com ou sem pagamento de fiança – nos casos permitidos pelo Código Penal.

A proposta também estabelece pena de um a quatro anos para a autoridade policial que constranger o preso, com violência ou ameaças, para que ele produza provas contra si mesmo ou contra terceiros.

Outros crimes de abuso de autoridade previstos pela proposta:

- Invadir, entrar ou permanecer em casas de suspeitos sem a devida autorização judicial e fora das condições estabelecidas em lei (pena de 1 a 4 anos);

- Promover interceptação telefônica ou de dados sem autorização judicial ou fora das condições estabelecidas no mandado judicial (pena de 1 a 4 anos);

- Obter provas, durante investigações, por meios ilícitos (pena de 1 a 4 anos);

- Dar início a persecução penal sem justa causa fundamentada (pena de 1 a 5 anos);

- Não fornecer cópias das investigações à defesa do investigado (pena de seis meses a 2 anos).

COMENTÁRIO.

- Estimulo a impunidade – a podridão moral e física destes senadores é fato. Prender agentes da Lei, com a formatação desta esdrúxula lei, tira do temor da maioria dos representantes dos Estados que são efetivamente “ostentadores de culpa nos cartórios” culpa pior do que estará sendo vivenciado pelo “infeliz” povo da Venezuela. A solução é votar pelos eleitores vendidos. Sendo assim, fica a sugestão, nas eleições presidenciais de 2018 elegam Renan Calheiros a presidência da república!
Fonte: G1 – DF. (somente os textos).

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