JOVENS APONTAM EDUCAÇÃO PROFISSIONAL COMO MELHOR CAMINHO PARA O PRIMEIRO EMPREGO, DIZ PESQUISA DO SENAI.
Levantamento inédito com 2.002 jovens de todo o
país mostra que 72% vêem pontos positivos em cursos técnicos, como inserção
profissional e boa aceitação no mercado.
Os jovens brasileiros acreditam que cursos de educação
profissional são importante caminho para conseguir o primeiro emprego. É o que
aponta a pesquisa Os jovens, a educação e o ensino técnico, do Serviço Nacional
de Aprendizagem Industrial (SENAI).
De acordo com o levantamento, 72,4% dos 2.002
entrevistados, com idades entre 13 e 18 anos, citam pontos positivos desse tipo
de formação, entre os quais ser um bom começo na carreira profissional, ter boa
aceitação nas empresas e preparar melhor para o mercado de trabalho.
Entre os jovens que já fizeram cursos de educação
profissional ou pretendem fazê-lo, 76,1% atribuíram grande importância a essa
formação para conseguir o primeiro emprego.
Os entrevistados deram notas 7, 8, 9 e 10 à pergunta:
“Utilizando uma escala de 0 a 10, em que 0 é nenhuma
importância e 10 é muita importância, qual o grau de importância que você
acredita que um curso técnico tem para conseguir seu primeiro emprego?”.
A avaliação é ainda mais quando a pergunta é sobre o
futuro profissional: 79,5% desse grupo de entrevistados atribuíram notas de 7 a
10 quando perguntados sobre o tema.
“A educação profissional é o caminho mais rápido para
o jovem se inserir no mercado.
Pesquisa do SENAI mostra que 65% dos nossos
ex-alunos de cursos técnicos estavam trabalhando um ano após a conclusão do
curso”, explica o diretor-geral do SENAI, Rafael Lucchesi, que também é diretor
de Educação e Tecnologia da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
“O jovem pode usar o ensino técnico para iniciar um
projeto de vida com uma profissão já definida e com a possibilidade de uma
carreira de sucesso. É uma grande oportunidade para o jovem brasileiro”,
completa.
AVALIAÇÃO.
De acordo com a pesquisa, 42,3% dos entrevistados
consideram bom o ensino técnico oferecido no Brasil; 29,1% o avaliam como
regular; 7,6% como ótimo, 2,9% como ruim e 1,1% como péssimo. Além disso, 15,7%
não souberam opinar e 1,3% optaram por não responder à questão.
Os jovens foram entrevistados entre os dias 8 e 18 de
outubro, em suas residências, em todas as regiões do país. A margem de erro do
levantamento é de 2 pontos para mais ou para menos, com intervalo de confiança
de 95%.
Segundo a pesquisa, 64,8% dos jovens entre 13 e 18
anos não vêem preconceito contra o profissional formado no ensino técnico no
Brasil.
Apenas 25,1% acreditam haver algum preconceito e 9,6% não souberam
responder.
Essa visão varia pouco segundo a região do país: 69,3% dos jovens do
Sul não veem qualquer tipo de preconceito, enquanto essa foi a resposta de
58,3% dos jovens ouvidos no Nordeste.
O índice é o mesmo (64%) entre alunos de
escolas públicas e privada e muda pouco entre jovens de baixa renda (63%) e de
alta renda (65%).
REFORMA DO ENSINO MÉDIO.
A pesquisa também perguntou a opinião dos jovens sobre
a reforma do ensino médio encaminhada pelo governo federal ao Congresso
Nacional, em setembro.
Entre os entrevistados, pouco mais da metade (53,2%)
sabe sobre as mudanças propostas.
O conhecimento é maior no Sul (65,7%) e menor
no Nordeste (45,9%). Os alunos de escolas particulares (61,4%) se dizem mais
informados do que os de instituições públicas (52%).
Entre os jovens que se dizem informados da reforma,
65,3% aprovam a inclusão do curso técnico como um dos caminhos de
aprofundamento de formação para os alunos do ensino médio.
Apenas 26,5% dos
entrevistados se dizem contrários a essa mudança, 6% disseram não serem nem a
favor nem contrários e 2% não souberam responder.
A aprovação à inclusão do curso técnico no ensino
médio é maior entre moradores da região Sul (68,2%) e menor no Nordeste
(63,9%); ligeiramente mais alta entre alunos de escolas particulares (69,3%) do
que nas públicas (64,6%) e entre os próprios estudantes do ensino médio (67,2%)
do que entre os jovens que cursam o ensino fundamental (63,2%).
INSTITUIÇÃO.
O SENAI é a instituição de ensino mais apontada como
responsável por oferecer cursos técnicos no Brasil, com 22,3% das citações dos
entrevistados.
Entre os pesquisados, 50,9% pretendem fazer um curso técnico
(23,5% afirmam que farão esse tipo de curso com certeza e 27,4% dizem que,
provavelmente, o farão).
A pesquisa também mostra que 16,8% já fizeram ou estão
cursando ensino técnico e a satisfação com essa formação é grande: 73,5%
atribuíram notas 7 ou superiores quando chamados a avaliar seu grau de realização
ao fazer o curso.
Quase metade (47,7%) de quem já fez algum curso de
educação profissional também pretende fazer outro.
A intenção é maior entre
jovens do Sudeste (50,3%), alunos de escolas públicas (49,5%), aqueles que
estão cursando o ensino fundamental (51,5%) e estudantes de baixa renda
(62,5%).
Os jovens entrevistados foram selecionados de acordo
com a distribuição na população brasileira: 51,3% eram do sexo feminino e 48,7%
do sexo masculino; 38,5% moram no Sudeste, 30,6% no Nordeste, 17,3% nas regiões
Norte e Centro-Oeste e 13,7% no Sul.
A maioria se vê como classe média (78,6%);
13,2% se dizem de baixa renda e 6,6% de alta renda. A ampla maioria dos jovens
(89,2%) estuda, principalmente em escolas públicas (85,8%). Os alunos de escolas
particulares são 13,8%.
Entre os entrevistados, 81,7% não trabalham e 18,2%
estão no mercado de trabalho. As ocupações declaradas pelos jovens que
trabalham são de baixa qualificação, como atendentes (21,4%), ajudantes,
auxiliares e assistentes (21,1%), vendedores (12,9%), entre outras.
OLIMPÍADA DO CONHECIMENTO.
Os melhores alunos de cursos de educação profissional
do Brasil participam da Olimpíada do Conhecimento 2016, a maior competição de
profissões técnicas das Américas, que ocorrerá entre 10 e 13 de novembro, em
Brasília.
O torneio reunirá 1.200 estudantes de cursos técnicos e de formação
profissional do SENAI e dos Institutos Federais de Educação Profissional,
Científica e Tecnológica (IF); alunos dos ensinos fundamental e médio do
Serviço Social da Indústria (SESI) e de escolas públicas do Distrito Federal.
Durante os quatro dias de torneio, os estudantes serão
provocados a apresentar soluções e produtos para empresas e para a comunidade,
além de participar de provas individuais que exigem precisão e raciocínio
rápido.
Os desafios ocorrerão numa estrutura de mais de 50 mil metros quadrados
montada na área externa do Ginásio Nilson Nelson.
A expectativa é que 100 mil
visitantes passem pelo local durante a competição.
Conheça também qual será a demanda da indústria por
profissionais qualificados entre 2017-2020 no Mapa do Trabalho Industrial.
Fonte: Agência Brasil.
Nenhum comentário:
Postar um comentário