terça-feira, 8 de novembro de 2016

PESQUISA EDUCAÇÃO









JOVENS APONTAM EDUCAÇÃO PROFISSIONAL COMO MELHOR CAMINHO PARA O PRIMEIRO EMPREGO, DIZ PESQUISA DO SENAI.

Levantamento inédito com 2.002 jovens de todo o país mostra que 72% vêem pontos positivos em cursos técnicos, como inserção profissional e boa aceitação no mercado.

Os jovens brasileiros acreditam que cursos de educação profissional são importante caminho para conseguir o primeiro emprego. É o que aponta a pesquisa Os jovens, a educação e o ensino técnico, do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI).

De acordo com o levantamento, 72,4% dos 2.002 entrevistados, com idades entre 13 e 18 anos, citam pontos positivos desse tipo de formação, entre os quais ser um bom começo na carreira profissional, ter boa aceitação nas empresas e preparar melhor para o mercado de trabalho.

Entre os jovens que já fizeram cursos de educação profissional ou pretendem fazê-lo, 76,1% atribuíram grande importância a essa formação para conseguir o primeiro emprego.

Os entrevistados deram notas 7, 8, 9 e 10 à pergunta:

“Utilizando uma escala de 0 a 10, em que 0 é nenhuma importância e 10 é muita importância, qual o grau de importância que você acredita que um curso técnico tem para conseguir seu primeiro emprego?”.

A avaliação é ainda mais quando a pergunta é sobre o futuro profissional: 79,5% desse grupo de entrevistados atribuíram notas de 7 a 10 quando perguntados sobre o tema.

“A educação profissional é o caminho mais rápido para o jovem se inserir no mercado. 

Pesquisa do SENAI mostra que 65% dos nossos ex-alunos de cursos técnicos estavam trabalhando um ano após a conclusão do curso”, explica o diretor-geral do SENAI, Rafael Lucchesi, que também é diretor de Educação e Tecnologia da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

“O jovem pode usar o ensino técnico para iniciar um projeto de vida com uma profissão já definida e com a possibilidade de uma carreira de sucesso. É uma grande oportunidade para o jovem brasileiro”, completa.

AVALIAÇÃO.

De acordo com a pesquisa, 42,3% dos entrevistados consideram bom o ensino técnico oferecido no Brasil; 29,1% o avaliam como regular; 7,6% como ótimo, 2,9% como ruim e 1,1% como péssimo. Além disso, 15,7% não souberam opinar e 1,3% optaram por não responder à questão.

Os jovens foram entrevistados entre os dias 8 e 18 de outubro, em suas residências, em todas as regiões do país. A margem de erro do levantamento é de 2 pontos para mais ou para menos, com intervalo de confiança de 95%.

Segundo a pesquisa, 64,8% dos jovens entre 13 e 18 anos não vêem preconceito contra o profissional formado no ensino técnico no Brasil. 

Apenas 25,1% acreditam haver algum preconceito e 9,6% não souberam responder. 

Essa visão varia pouco segundo a região do país: 69,3% dos jovens do Sul não veem qualquer tipo de preconceito, enquanto essa foi a resposta de 58,3% dos jovens ouvidos no Nordeste. 

O índice é o mesmo (64%) entre alunos de escolas públicas e privada e muda pouco entre jovens de baixa renda (63%) e de alta renda (65%).

REFORMA DO ENSINO MÉDIO.

A pesquisa também perguntou a opinião dos jovens sobre a reforma do ensino médio encaminhada pelo governo federal ao Congresso Nacional, em setembro. 

Entre os entrevistados, pouco mais da metade (53,2%) sabe sobre as mudanças propostas. 

O conhecimento é maior no Sul (65,7%) e menor no Nordeste (45,9%). Os alunos de escolas particulares (61,4%) se dizem mais informados do que os de instituições públicas (52%).

Entre os jovens que se dizem informados da reforma, 65,3% aprovam a inclusão do curso técnico como um dos caminhos de aprofundamento de formação para os alunos do ensino médio. 

Apenas 26,5% dos entrevistados se dizem contrários a essa mudança, 6% disseram não serem nem a favor nem contrários e 2% não souberam responder.

A aprovação à inclusão do curso técnico no ensino médio é maior entre moradores da região Sul (68,2%) e menor no Nordeste (63,9%); ligeiramente mais alta entre alunos de escolas particulares (69,3%) do que nas públicas (64,6%) e entre os próprios estudantes do ensino médio (67,2%) do que entre os jovens que cursam o ensino fundamental (63,2%).

INSTITUIÇÃO.

O SENAI é a instituição de ensino mais apontada como responsável por oferecer cursos técnicos no Brasil, com 22,3% das citações dos entrevistados. 

Entre os pesquisados, 50,9% pretendem fazer um curso técnico (23,5% afirmam que farão esse tipo de curso com certeza e 27,4% dizem que, provavelmente, o farão).

A pesquisa também mostra que 16,8% já fizeram ou estão cursando ensino técnico e a satisfação com essa formação é grande: 73,5% atribuíram notas 7 ou superiores quando chamados a avaliar seu grau de realização ao fazer o curso.

Quase metade (47,7%) de quem já fez algum curso de educação profissional também pretende fazer outro. 

A intenção é maior entre jovens do Sudeste (50,3%), alunos de escolas públicas (49,5%), aqueles que estão cursando o ensino fundamental (51,5%) e estudantes de baixa renda (62,5%).

PERFIL.

Os jovens entrevistados foram selecionados de acordo com a distribuição na população brasileira: 51,3% eram do sexo feminino e 48,7% do sexo masculino; 38,5% moram no Sudeste, 30,6% no Nordeste, 17,3% nas regiões Norte e Centro-Oeste e 13,7% no Sul. 

A maioria se vê como classe média (78,6%); 13,2% se dizem de baixa renda e 6,6% de alta renda. A ampla maioria dos jovens (89,2%) estuda, principalmente em escolas públicas (85,8%). Os alunos de escolas particulares são 13,8%.

Entre os entrevistados, 81,7% não trabalham e 18,2% estão no mercado de trabalho. As ocupações declaradas pelos jovens que trabalham são de baixa qualificação, como atendentes (21,4%), ajudantes, auxiliares e assistentes (21,1%), vendedores (12,9%), entre outras.

OLIMPÍADA DO CONHECIMENTO.

Os melhores alunos de cursos de educação profissional do Brasil participam da Olimpíada do Conhecimento 2016, a maior competição de profissões técnicas das Américas, que ocorrerá entre 10 e 13 de novembro, em Brasília. 

O torneio reunirá 1.200 estudantes de cursos técnicos e de formação profissional do SENAI e dos Institutos Federais de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (IF); alunos dos ensinos fundamental e médio do Serviço Social da Indústria (SESI) e de escolas públicas do Distrito Federal.

Durante os quatro dias de torneio, os estudantes serão provocados a apresentar soluções e produtos para empresas e para a comunidade, além de participar de provas individuais que exigem precisão e raciocínio rápido. 

Os desafios ocorrerão numa estrutura de mais de 50 mil metros quadrados montada na área externa do Ginásio Nilson Nelson. 

A expectativa é que 100 mil visitantes passem pelo local durante a competição.

Conheça também qual será a demanda da indústria por profissionais qualificados entre 2017-2020 no Mapa do Trabalho Industrial.
Fonte: Agência Brasil.

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