SCARCELA JORGE |
COMENTÁRIO
Scarcela Jorge DESTROÇO DO PETISMO.
Nobres:
Ao chegar o poder em 2002 elegendo Luiz Inácio Lula da
Silva na presidência da República, o Partido dos Trabalhadores (PT) tratou logo
de construir um projeto de poder com o objetivo de garantir a reeleição, o que
acabou ocorrendo em 2006, a sucessão, fato consolidado em 2010 com a eleição da
petista Dilma Rousseff e a reeleição, fato ainda consumado em 2014 com a mesma
Dilma. O projeto de poder consistia em preparar a candidatura petista para
2018, onde Luiz Inácio Lula da Silva, agora réu em três inquéritos federais da
Operação Lava Jato, retornaria triunfante aos braços do povo. As escolhas
erradas que o partido fez, sobretudo ao confundir o público com o privado e
instalar uma verdadeira organização criminosa no comando de empresas estatais e
ministérios, levaram o PT à derrocada, situação que se antecipou com o
impeachment de Dilma Rousseff após o Brasil mergulhar na sua mais profunda
crise financeira, com aumento do desemprego e a volta da inflação. Com a
realização do segundo turno, é possível analisar o que restou para o PT. Em
2012 o Partido dos Trabalhadores governava 638 cidades que somavam 24,2 milhões
de habitantes e saiu dessas eleições com apenas 254 prefeituras, somando 7,6
milhões de pessoas. Detalhe: o PT saiu como o grande derrotado, perdendo nas
sete cidades onde foi para a disputa no segundo turno e, entre todas as
capitais brasileiras, os petistas vão governar apenas a nanica Rio Branco, no
Acre. O segundo turno das eleições municipais proporcionou ao PT o pior
desempenho em capitais desde 1985, com apenas um prefeito eleito e perdendo
sete de cada dez votos que conquistou em 2012. Ao ver seu colégio eleitoral ser
reduzido de 24.261.376 de votos em 2012 para poucos mais de 7,6 milhões em
2016, o Partido dos Trabalhadores também assistiu à perda de prefeituras
importantes como a de São Paulo, maior colégio eleitoral do país, de capitais
importantes e de grandes cidades em regiões onde a sigla acumulava bons
resultados desde a década de 90 como, por exemplo, no Nordeste e no ABC
Paulista onde a legenda perdeu todas as prefeituras que comandava. Com isso, o
PT despencou de terceiro lugar no ranking de prefeituras, onde estava atrás
apenas do PSDB e do PMDB, para a 11ª colocação, atrás de legendas menores como
o PP, PSD, PR, PSB e PTB. Em Mato Grosso do Sul, por exemplo, onde o Partido
dos Trabalhadores chegou a dominar a cena política municipal quando José
Orcírio Miranda dos Santos comandou o Parque dos Poderes, nas eleições deste
ano, a legenda não conseguiu emplacar um único prefeito. De quebra, ainda viu
seu principal concorrente no Estado, o PSDB, triplicar o total de prefeituras
de 12 para 36 cidades, mesmo que os tucanos tenham amargado derrotas simbólicas
em Dourados e Campo Grande. No cenário nacional, o PT viu a votação do PSDB
crescer 11%, saltando de 19.523.898 para 21.733.680 e chegar ao ponto de
comandar 24% do eleitorado do país, sete das 26 capitais estaduais, inclusive a
paulista. O PMDB, de o Presidente Michel Temer, que detém o título de partido
com maior número de prefeituras em todo o país, perdeu 1.421.667 votos de uma
eleição para outra, uma queda de 7,6%, de forma que a legenda cresceu em
quantidade, mas encolheu em qualidade de colégio eleitoral. Entre as eleições
municipais de 2012 e 2016, a composição dos partidos em volume de habitantes
governados ficou da seguinte forma: PSDB saltou de 19.523.898 para 21.733.680,
seguido pelo PMDB que caiu de 18.654.619 de habitantes para 17.232.952. O PSB
governava cidades que somavam 10.357.846 de moradores em 2012 e hoje comanda
10.283.810, enquanto o PSD viu sua população governada passar de 6.543.039 para
9.165.019. O PDT também comemora crescimento no número de governados, que
passou de 7.783.559 para 8.045.545, enquanto o PRB saltou de 2.672.710 para
6.160.331, o PR de 4.231.135 para 6.092.206, o PP viu o total de governados
cair de 6.131.268 para 5.891.565 e o DEM ficou estável com 5.358.556 de
governados em 2012 para 5.392.747 neste ano. Outras legendas como o PTB viu o
número cair de 4.418.281 para 3.873.299, o PPS viu saltar de 2.792.847 para
3.471.471 e o PHS que passou de 315.515 para1.573.832 com a eleição de
Alexandre Kalil, em Belo Horizonte. Esse novo cenário político revela que o
projeto de poder elaborado pelo Partido dos Trabalhadores, levando o país para
um socialismo fajuto, foi à bancarrota e que a sociedade começa a buscar novos
projetos para construir um futuro diferente.
Antônio
Scarcela Jorge.
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