GEDDEL CONSTRANGE TEMER E DIZ QUE NÃO PEDE DEMISSÃO.
O ministro Geddel Vieira Lima agora afirma que não
fez pressão e diz que o fato de ter um imóvel no prédio não lhe tira
legitimidade para interferir num assunto que não é da sua área.
Depois de ter admitido que cobrou
uma revisão da posição do Iphan, que embargou a obra de um apartamento de R$
2,4 milhões comprado por ele, o ministro Geddel Vieira Lima agora afirma que
não fez pressão e diz que o fato de ter um imóvel no prédio não lhe tira
legitimidade para interferir num assunto que não é da sua área.
"Em 2015, eu fiz uma promessa de compra e
venda de uma unidade que estava lançada, sem nenhum problema, com todas as
licenças colocadas e que vários outros adquiriram uma unidade de apartamento.
O que não me tira, me dá
legitimidade para levar a ele um problema por conhecer o que estava ocorrendo,
estar preocupado, como todo cidadão fica preocupado em uma situação
dessa", disse ele; Geddel também deixou claro que não sai do cargo e
sugeriu que Michel Temer não tem como demiti-lo; "Eu conheço o presidente há
25 anos. Eu não preciso que ele manifeste confiança para saber até quando ele
confia em mim"
Depois de ter admitido que pressionasse
o Iphan a rever o embargo de uma obra onde tem um imóvel de R$ 2,4 milhões o
que constitui crime de advocacia administrativa, por ter usado um cargo público
para defender seu interesse pessoal, o ministro Geddel Vieira Lima concedeu uma
entrevista e negou ter pressionado o ex-ministro da Cultura, Marcelo Calero, a
despeito de todas as evidências que apontam na direção inversa.
Eu tratei com ele do tema, com a
transparência que o tema exigia, fazendo ponderações de um assunto que está judicializada.
Em nenhum momento houve pressão.
E a maior demonstração disso, e
que torna a questão dele ainda mais incompreensível, é que a posição final que
prevaleceu foi a dele, disse Geddel.
Na verdade, Calero não só perdeu
a disputa, como se demitiu do cargo, alegando que Geddel foi truculento e
queria obrigá-lo a participar de uma maracutaia.
O ministro também disse que não
se vê impedido de tratar do tema que não tem qualquer relação com a sua
atividade governamental pelo fato de ter comprado uma unidade no
empreendimento.
"Em 2015, eu fiz uma
promessa de compra e venda de uma unidade que estava lançada, sem nenhum
problema, com todas as licenças colocadas e que vários outros adquiriram uma
unidade de apartamento.
O que não me tira, me dá
legitimidade para levar a ele um problema por conhecer o que estava ocorrendo,
estar preocupado, como todo cidadão fica preocupado em uma situação dessa,
disse ele.
Geddel também sugeriu que Michel
Temer não condições de demiti-lo.
"O presidente tinha lido a
entrevista, ficou também sem entender as razões, até porque o Calero não
colocou essas razões para ele e se especulou o que tinha havido.
O presidente chegou a fazer um
apelo para que ele permanecesse na função.
E orientou que eu procurasse
responder com a tranqüilidade que eu estou respondendo, com a verdade.
Manifestou seu respeito, carinho e apoio à nossa posição", disse ele.
"Eu conheço o presidente há
25 anos. Eu não preciso que ele manifeste confiança para saber até quando ele
confia em mim."
Fonte: G1 – DF.
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