BB PODE ECONOMIZAR ATÉ R$ 3,8 BI COM REESTRUTURAÇÃO, DIZ PRESIDENTE.
Banco anunciou fechamento de agências e plano de demissões voluntárias.
Instituição também vai transformar 379 agências em postos de atendimento.
O presidente do Banco do Brasil, Paulo Caffarelli,
afirmou nesta segunda-feira (21) que a reestruturação de agências e o plano de
aposentadoria incentivada anunciados neste domingo (20) pela instituição
financeira podem gerar uma economia anual de R$ 3,798 bilhões, caso os 18 mil
funcionários habilitados optem por deixar o banco em troca de benefícios.
O Banco prevê uma redução de 9,3 mil vagas em sua
estrutura. Caso a adesão ao plano de demissão incentivada seja muito superior a
isso, e o banco avalie que seja necessário para garantir o atendimento, a
instituição poderá fazer novas contratações.
O Banco do Brasil anunciou, por meio da divulgação ao
mercado de um fato relevante, o fechamento de 402 agências, a transformação de
379 agências em postos de atendimento e o encerramento de 31 superintendências
em diversos municípios. As medidas de reorganização foram aprovadas pelo
conselho de administração do Banco.
Com a reorganização, 222 agências serão fechadas
apenas no Estado de São Paulo e outras 137 serão transformadas em postos de
atendimento.
De acordo com o presidente do Banco, as mudanças fazem
parte do plano para ampliar o atendimento digital. Para isso, o Banco do Brasil
anunciou a abertura, já em 2017, de mais 255 unidades de atendimento digital,
entre escritórios e agências.
Segundo Caffarelli, em setembro de 2015, 59,3% das
transações do banco foram feitas por internet banking ou mobile, acesso por
celular. Esse percentual subiu para 67,2% em setembro de 2016.
Atualmente, informaram os executivos do Banco do
Brasil, a instituição já tem 245 unidades de atendimento digital, que atendem
1,3 milhão de clientes. A expectativa é chegar no final de 2017 atendendo 4
milhões de clientes nessas unidades.
A instituição fará a realocação dos funcionários, das
agências que serão fechadas, até o dia 1º de fevereiro. Caso as mudanças não
sejam concluídas até essa data, os funcionários que recebem comissão por cargos,
como gerente, receberão a mesma remuneração por quatro meses para que consigam
se adequar financeiramente.
“Acreditamos que esse tempo quatro meses é o
suficiente para que esses funcionários sejam realocados”, disse.
Segundo os cálculos da instituição, a economia com o
fechamento de 402 agências, a transformação de agências em postos de
atendimento e outras mudanças na estrutura do banco pode alcançar R$ 750
milhões anuais.
Já a economia com o plano de demissão voluntária varia
de acordo com a adesão dos funcionários.
Se apenas 5 mil funcionários decidirem deixar o banco,
a instituição poderá economizar R$ 1,183 bilhão.
Por outro lado, com a adesão de 18 mil funcionários
que têm condições de se aposentar neste momento, o corte anual de despesas pode
atingir R$ 3,048 bilhões, explicou o presidente do Banco do Brasil.
O custo estimado das demissões é de R$ 2,7 bilhões,
que podem ser diluídos em até sete meses.
No ano passado o Banco do Brasil já abriu um plano de
demissão voluntária e teve adesão de 5 mil funcionários, 27% do público alvo.
No plano do ano passado, no entanto, o incentivo para a adesão era de sete
salários.
Fechamento de agências.
Na entrevista, Paulo Caffarelli reafirmou que o Banco
do Brasil não fechará agências nos municípios em que é a única instituição
bancária e ressaltou que a instituição não abandonará nenhuma cidade onde já
atua.
Ao comentar o plano de demissão incentivada que pode
atingir 18 mil funcionários, o presidente do Banco do Brasil fez questão de
enfatizar que a adesão ao programa é voluntária.
“Não é demissão. A adesão ao plano é totalmente
voluntária”, observou Caffarelli.
O prazo para os funcionários aderirem ao plano de
demissão se encerra em 9 de dezembro.
Quem optar por deixar a instituição por meio do
programa receberá entre 12 e 15 salários como compensação. O valor da
indenização será proporcional ao número de anos que o funcionário trabalha no Banco.
Redução de carga horária.
O plano de demissões, informaram os dirigentes do
Banco do Brasil, também vai oferecer a possibilidade de 6 mil funcionários
reduzirem a jornada de trabalho de 8 para 6 horas diárias. Em contrapartida,
haverá redução de 16,25% nos salários.
Apesar de os vencimentos ficarem menores, os
funcionários que aceitarem a redução da carga horária irão receber mensalmente
um adicional de 12% por cada hora trabalhada.
Fonte: G1 – DF.
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