CONDENADO NA LAVA JATO, PAULO ROBERTO COSTA RETIRA A TORNOZELEIRA.
Ex-diretor da Petrobras passou a cumprir regime aberto, no Rio de Janeiro.
Equipamento foi retirado nesta quinta (3); ele ainda tem 17 anos de pena.

O ex-diretor da estatal foi condenado em vários
processos da Operação Lava Jato por crimes como corrupção e lavagem de
dinheiro.

O juiz ainda dava a possibilidade de que o condenado
aguardasse a próxima ida em audiência à capital paranaense para retirá-la.
O ex-diretor chegou ao prédio da Justiça Federal às
13h20 e saiu cerca de 20 minutos depois. O advogado Cássio Quirino confirmou
que o cliente foi ao local para a retirada do equipamento.
O benefício se deve ao acordo de delação premiada
firmado com o Ministério Público Federal (MPF). Paulo Roberto Costa é o
primeiro delator da Lava Jato.
Com o acordo de delação premiada, a pena do condenado é
de 20 anos, restando ainda o cumprimento de 17 anos. Desde outubro de 2015, o
ex-diretor da Petrobras cumpria o regime semiaberto no Rio de Janeiro, onde
mora.
"Detraindo-se dos vinte anos o período já
cumprido, de aproximadamente dois anos e cinco meses, ainda haveria ao menos
dezessete anos de pena a serem cumpridos na modalidade do regime aberto",
diz um trecho do despacho de Sérgio Moro.
Segundo decisão do juiz, Paulo Roberto Costa deve
cumprir o regime aberto obedecendo a restrições por três anos, até o dia 1º de
novembro de 2019.
O ex-diretor está proibido de se mudar e de viajar para o exterior sem a autorização da
Justiça.
Ele também deve prestar quatro horas semanais de
serviços comunitários e apresentar trimestralmente um relatório das atividades
profissionais à Justiça Federal do Paraná.
Início da Lava Jato.
Paulo Roberto Costa foi preso junto em março de 2014,
quando a Operação Lava Jato foi deflagrada.
Dias depois, conseguiu um habeas
corpus da Justiça, mas voltou a ser preso.
Após dois meses na prisão, decidiu
colaborar com as investigações e detalhou como funcionava o esquema.
Foi a partir dos depoimentos dele que os policiais
desvendaram como funcionava a distribuição de recursos desviados da Petrobras.
Empreiteiras que mantinham contratos com a estatal superfaturavam os valores
dos serviços que prestavam, por meio de contratos aditivos às obras.
Parte dos valores do superfaturamento era usado para
pagar propina a diretores da Petrobras e também para abastecer o caixa de
partidos políticos, no caso o PT, PMDB e PP.

Ele
permaneceu no cargo até 2012, quando pediu demissão e abriu a empresa de
consultoria.
Janene foi eleito pelo PP do Paraná e também esteve
envolvido no escândalo do mensalão.

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