TSE MARCA ACAREAÇÃO ENTRE EXECUTIVO DA ANDRADE E EX-TESOUREIRO DE DILMA.

Tribunal quer apurar eventuais imprecisões no depoimento de Otávio Azevedo.


A petição foi protocolada na Justiça Eleitoral nesta
terça (8). Segundo os advogados da ex-presidente, o dinheiro da doação foi
depositado na conta de campanha do presidente Michel Temer, que, à época, era o
candidato a vice de Dilma.
Em depoimento ao TSE em 19 de setembro, Azevedo disse
que doou R$ 1 milhão ao PT em março de 2014 e o dinheiro foi repassado em julho
para a campanha petista à reeleição.
De acordo com o empresário, o valor doado
ao PT seria parte de um acordo no qual a construtora se comprometeu a passar 1%
dos contratos que mantinha com o governo federal a título de propina.
Azevedo contou que, ao todo, a Andrade Gutierrez doou
mais de R$ 20 milhões para o PT.
O empresário também admitiu que a construtora doasse
mais de R$ 2 milhões para o PMDB e para a conta do vice. Ele, no entanto,
ressaltou aos investigadores que não houve pressão para o repasse dos valores.
Para o juiz Bruno César Lorencini que auxilia o
relator no TSE das ações apresentadas pelo PSDB pedindo a cassação da chapa Dilma
- Temer, há "efetiva existência de divergência" no depoimento de
Otávio Azevedo.

O magistrado, no entanto, rejeitou pedido da defesa de
Dilma para que o tribunal solicitasse ao Ministério Público a abertura de uma
investigação para apurar se o ex-presidente da Andrade Gutierrez cometeu o
crime de falso testemunho ao afirmar que o dinheiro doado à campanha foi obtido
com recursos desviados da Petrobras.
Segundo o juiz, o MP atua nas ações do TSE e pode ter
acesso ao episódio pelo processo.

Versão de Temer.
Em entrevista à Rádio Itatiaia nesta quarta-feira (8),
Michel Temer disse que a doação foi legal e que a empresa procurou o tesoureiro
de campanha do PMDB "espontaneamente".
“Imagine você que o que entrou na conta para campanha
do vice-presidente foi R$ 1 milhão, que a empresa veio a nós durante a
campanha, ao tesoureiro da campanha, e ofereceu uma colaboração de R$ 1 milhão,
espontaneamente.
Não tenho nenhuma preocupação com isto. Sou
extremamente obediente às instituições”, afirmou Temer.
"Então o que é que fazem aqueles que acham que
ainda podem atingir a figura do vice-presidente. Ah, o vice-presidente é
responsável, recebeu R$ 1 milhão lá e não disse como recebeu.
“Eu estou dizendo que foi espontaneamente concedido à
campanha e, portanto, tentam jogar em cima do vice-presidente para ver se o
vice-presidente é afastado, mas isso não acontecerá”, complementou o presidente
na entrevista.
Procurada pelo G1, a Presidência informou que não vai
se pronunciar sobre o assunto, pois não responde por atos do partido nem de
campanha de Temer.
Fonte: G1 – DF.
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