O marqueteiro João Santana deve
implicar a presidente afastada, Dilma Rousseff, em sua delação premiada,
negociada com a Procuradoria.
A informação segundo
a reportagem, Santana promete dizer aos procuradores que foi Dilma quem lhe
garantiu que não faltaria dinheiro para a campanha de sua reeleição, em 2014.
De acordo com a
revista, o publicitário teria relutado em aceitar fazer a campanha por ter tido
problemas com o pagamento na eleição de 2010.
Dilma, no
entanto, teria lhes assegurado que não haveria atraso nos pagamentos e que o
então ministro Guido Mantega seria o responsável pela pelo caixa paralelo.
Ainda segundo a
publicação, Santana falará que o dinheiro, custeou despesas pessoais e de assessores
de Dilma.
A fala do
marqueteiro contradiz a petista, que afirmou em julho não ter conhecimento de
caixa dois em sua campanha.
Não autorizei
pagamento de caixa dois para ninguém. Se houve pagamento, não foi com o meu
conhecimento.
Santana promete
falar sobre a campanha à reeleição do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva,
em 2006, que teria recebido dinheiro de forma ilícita.
De acordo com a
revista, a delação deve atingir ainda outros políticos, como a senadora Gleisi
Hoffmann, que, diz o marqueteiro, teria mantido um flat em Curitiba para operar
uma tesouraria clandestina de sua campanha à Prefeitura da cidade em 2008.
Santana deve
citar o atual prefeito de São Paulo e candidato à reeleição, Fernando Haddad,
que também teria utilizado caixa dois na campanha de 2012.
Além das
campanhas de Lula, Dilma e Haddad, Santana também foi responsável por eleger,
em 2009, Mauricio Funes como presidente de El Salvador, José Eduardo dos Santos
em Angola e Danilo Medina na República Dominicana em 2012 e ajudou na reeleição
de Hugo Chávez na Venezuela. Essas eleições devem aparecer na delação.
Fonte: Agência Brasil.
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