SCARCELA JORGE |
SCARCELA JORGE
ESTADO DEPLORÁVEL.
Nobres:
O
Brasil que um dia festejou o fato de ser a sétima economia mundial, posição já
perdida em razão da nossa grave crise e da recessão nunca conseguiu um lugar de
destaque no quesito que realmente define o desenvolvimento de uma nação e de
seu povo: a educação. Por mais dúvidas e polêmicas que essas pesquisas causem
entre os especialistas os dados nos colocam abaixo de países paupérrimos, com
reduzidos recursos para investimento, é evidente que há erros na condução do
processo educacional brasileiro, em todos os níveis, da educação básica ao
ensino superior. É histórica a luta pelo aumento do investimento nesse setor.
Mas, apesar de estarmos longe do ideal e, houve recentes cortes no aporte,
principalmente para as universidades, as verbas aplicadas já são expressivas e
não justificam classificações tão pífias em rankings internacionais. Qual seria
o nosso problema, então? A educação é prioridade apenas nos discursos. A
criação e a implantação de políticas nacionais, a partir de um amplo
entendimento entre os maiores especialistas no tema, ficaram sempre em segundo
plano, ofuscadas por propostas que não foram suficientes para melhorar a
qualidade do ensino no país como um todo. A nossa classificação na pesquisa torna-se
ainda mais preocupante por esse ranking espelhar a real situação do país em
áreas estratégicas, como ciência e matemática. Elas são base para a indústria
da tecnologia, que hoje é a ponta de lança da economia mundial. Não se pode
mais falar em país rico sem desenvolvimento tecnológico. É verdade que há ilhas
de excelência no ensino brasileiro de matemática, ciência e tecnologia. Mas
também está claro que o país precisa de mudanças radicais para subir de
patamar, não só nas pesquisas e levantamentos internacionais, mas
principalmente entre as nações mais desenvolvidas do mundo.
Antônio Scarcela Jorge.
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