SCARCELA JORGE |
SCARCELA JORGE
REELEIÇÃO NO BRASIL É A FONTE DA CORRUPÇÃO.
Nobres:
No momento mais inoportuno da história de crise moral
no cenário político do País sempre tentar desviar de atos não recomendáveis que
nos deixassem a impressão que fica é a de um balão de ensaio lançado por
aliados para testar a idéia da reeleição de um governo que por ora é apenas
interino. Estratégia que é freqüentemente usada no mundo político e que combina
com o que parecem ser vontades conflitantes de Temer. A situação do país é
delicada e não há como desviar de reformas impreteríveis. Por isso, a reeleição
seria o caminho errado para Temer. A situação do país é delicada e não há como
desviar de reformas impreteríveis. O Brasil precisa de um novo modelo
orçamentário, um conserto bem feito das regras previdenciárias e ajustes que o
tornem mais produtivo. Nada disso se encaixa no calendário eleitoral, que
sempre sacrifica reformas de longo prazo em troca de remendos populistas. Temer
tem de cumprir o papel de recuperar a vida política brasileira. Isso passa por
apoiar de forma incondicional o combate à corrupção e pela construção de
alianças baseadas nos interesses do país, e não nos apoios eleitorais. Só assim
ele faria uma política melhor do que a sociedade viu nos últimos anos, quando o
projeto de poder do PT tomou conta do Palácio do Planalto. Sem pensar em
reeleição, Temer também teria a chance de colocar na agenda uma reforma
política real, que não poderia ser questionada por ter sido pensada em interesse
da própria campanha. O assunto, importantíssimo para que a política volte a
conversar com a sociedade, ainda não entrou da maneira adequada na agenda do
governo interino e teria ainda menos chances de progredir se a reeleição fosse
seu principal foco. Dentro de algumas semanas, se o Senado confirmar o
impeachment contra Dilma Rousseff, o que é mais provável, Temer terá mais uma
chance de mostrar o que deseja entregar até 2018. Se deixar a porta da
reeleição aberta, seja por intenções reais ou pela vaidade de ver seu nome
alçado candidato, estará reduzindo suas chances de ter um papel de destaque na
história do país e isto não poderá acontecer pela própria vontade do Presidente
Michel Temer.
Antônio
Scarcela Jorge.
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