terça-feira, 30 de agosto de 2016

COMENTÁRIO SCARCELA JORGE - TERÇA-FEIRA, 30 DE AGOSTO DE 2016

COMENTÁRIO
Scarcela Jorge

VOTO NÃO É COMPRA DE MERCADO, NO ENTANTO UM DEVER DE CIDADANIA.

Nobres:
Na expressão escorreita da palavra, exercitar o voto é empenho protocolar e se restringe ao alistamento e ao comparecimento e não compra e venda de mercado. Se assim proceder que a exerce vira bandido de toda espécie. Na pratica o voto é obrigatório no exercício do dever. Justificar a ausência é muito simples, têm prazo elástico dois meses e, na falta de uma explicação, paga-se a multa, que é uma ninharia. E o pior o Brasil cuja desfaçatez é um jogo que programe o cidadão infrator discorre na verdade que Charles De Gaulle o eternizou! No país dos atalhos em sua maioria escusos formalmente. Há uma tecla do voto em branco e ainda pode-se anular o voto, inventando-se um número qualquer. Voto nulo ou branco é o - “não voto”-. Desde quando, então, o voto é obrigatório? Avaliamos obrigatório o nosso voto. É um dever, porque na realidade queremos votar. Usamos o “privilégio” que a Constituição confere aos cidadãos. Quem não vota sempre será governado pelos que votarem. Optar por não votar é permissividade. É entregar o ouro aos bandidos sem lutar. Nesse sentido, de uma obrigação moral e cidadã, construída pelo eleitor para consigo, admitimos, há o dever de votar. Quando se difunde que o voto é uma faculdade, um direito, uma escolha, jamais uma obrigação, nem de longe estamos desejando desestimular o comparecimento e mesmo o voto. Percebam que o ato de votar não tem o peso de uma obrigação indesejável. É bom  querer votar. É preciso querer votar. Votar conscientemente, livre de obrigações e de estorvos pessoais. Dizer por aí que votar é cumprir uma ordem é o jeito capcioso de se causar desencanto no eleitorado. Se liberdade é um bem indispensável e fundamental, temos que fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para preservá-la. Comparecer à urna, escolher os candidatos após cuidadoso exame de seus currículos e biografias e votar por respeito às convicções que nos servem de bússola, isso é construir e manter a democracia, se não é continuar o velho conceito formatado pela geração contemporânea que maus exemplos estão sendo sentidos.
 Antônio Scarcela Jorge.

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