São cumpridos 120 mandados no estado,
além de São Paulo e Florianópolis.
Esquema desviou R$ 4,5 mi em verbas
públicas para quitar dívidas políticas.
A
Polícia Federal realiza na manhã desta quarta-feira (24) uma operação para
desarticular uma quadrilha responsável pelo desvio de R$ 4,5 milhões em
recursos federais por meio da Companhia de Saneamento de Goiás (Saneago).
Segundo as investigações, as verbas eram destinadas ao pagamento de dívidas
políticas.
A
Operação Decantação cumpre 120 mandados judiciais em Goiânia, Aparecida de
Goiânia, Formosa e Itumbiara, em Goiás, além de São Paulo e Florianópolis (SC).
Entre os presos estão o presidente estadual do PSDB, Afrêni Gonçalves, e
ex-secretário da Fazenda de Goiás e atual presidente da Saneago, José Taveira
Rocha.
O
G1 entrou em contato com o assessoria de imprensa do PSDB-GO e aguarda um
parecer sobre o caso.
Já
a assessoria de imprensa da Saneago informou, em nota, que a companhia
"aguarda a conclusão da operação da Polícia Federal para tomar ciência dos
fatos e, a partir daí, emitir um pronunciamento sobre o caso".
Cerca
de 300 policiais participam dos trabalhos, que conta com apoio do Ministério
Público Federal e do Ministério da Transparência, Fiscalização e Controle,
evitou um prejuízo de quase R$ 7 milhões.

Os
mandados de prisão temporária foram cumpridos contra Afrêni Gonçalves, José
Taveira Rocha, Robson Salazar e Nilvane Costa. Já os presos preventivamente
são: Ridavia Azevedo, Emanuel Peixoto, José Raimundo Gontijo, José Vicente da
Silva Junior, Luiz Humberto Gonçalves, Frederico José Lavres, Gilberto de
Oliveira, Rafael Ferreira Sá, Charles de Oliveira e Carlos Eduardo da Costa.
Também é procurado Eduardo Henrique de Deus.
Esquema.
Segundo
a PF, a investigação apurou que dirigentes e colaboradores da Saneago
promoveram licitações fraudulentas, por meio da contratação de uma empresa de
consultoria envolvida no esquema criminoso.
Desta
forma, recursos públicos federais do Programa de Aceleração do Crescimento
(PAC), de financiamentos do Bando Nacional do Desenvolvimento (BNDES) e da
Caixa Econômica Federal, foram desviados para pagamento de propinas e dívidas
de campanhas políticas.
Ainda
segundo a investigação, a consultoria contratada pela Saneago também é suspeita
de favorecer empresas que participavam do conluio e que eram responsáveis,
posteriormente, por doações eleitorais.
Os
envolvidos responderão, na medida de suas participações, pelos crimes de
peculato, corrupção passiva, corrupção ativa, organização criminosa e fraudes
em processos licitatórios. Também foi determinado o afastamento da função
pública de oito servidores e a proibição de comunicação entre nove envolvidos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário