Presidente da Câmara se reuniu com presidente do
TSE após sessão da corte.
Ministro disse que investigadores deveriam 'calçar
sandálias da humildade'.
O presidente da Câmara dos
Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse nesta quinta-feira (25) que as críticas
do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes, ao vazamento
de informações da investigação da Operação Lava Jato devem ser "bem ouvidas".
Maia se reuniu com Mendes após
sessão do TSE. O deputado foi questionado por jornalistas sobre o episódio no
qual o ministro Gilmar Mendes insinuou que teria partido de procuradores o
vazamento sobre a delação do empresário José Aldemário Pinheiro, o Léo
Pinheiro, da OAS, envolvendo o ministro do Supremo Tribunal Federal Dias Toffoli.
Mendes disse ainda que os
procuradores da República precisam calçar "sandálias da humildade" e
não podem se achar o "ó do borogodó" por receberem atenção da imprensa.
As declarações causaram reações
de juízes e procuradores. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, negou
que o vazamento tenha partido do Ministério Público.
Segundo Maia, as pessoas não
podem se sentir ofendidas ou atacadas quando recebem uma crítica de um ministro
"da qualidade" de Mendes
"As instituições brasileiras
estão muito fortes. As investigações avançaram muito e em nenhum momento foram
prejudicadas.
Quando um ministro como o Gilmar
Mendes faz críticas, elas precisam ser muito bem ouvidas. Nós temos dois
ouvidos pra ouvir muito, principalmente pessoas com a qualidade do ministro
Gilmar Mendes.
Quando ele faz a crítica, ninguém
tem de se sentir ofendido ou atacado. As pessoas têm de aproveitar um ministro
da qualidade do Gilmar Mendes e avaliar por que ele fez aquela crítica",
afirmou o presidente da Câmara.
Maia afirmou ainda que, na
reunião, manifestou a Mendes uma preocupação sobre as eleições, que serão as
primeiras sem financiamento empresarial.
"Vim conversar sobre
conjuntura, falar um pouquinho sobre expectativa desse início das eleições
municipais, preocupação nossa com a nova regra, com o fim do financiamento
privado, que pode gerar muitos problemas. É só trocar idéias, fazer essa visita
pra que a gente possa estar sempre conversando, discutindo e no momento
eleitoral o TSE tem um papel importante que a gente sempre apóia",
completou o deputado.
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