sábado, 6 de agosto de 2016

DELATOR TEM OPÇÃO

 SÉRGIO MACHADO DESISTE DE CUMPRIR PENA ANTECIPADA NA LAVA JATO.

Pelo acordo de delação premiada, ele poderia cumprir pena antes.

Defesa afirmou que ele desistiu da pena antecipada por razões pessoais.

O ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, delator da Operação Lava Jato, informou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que desistiu de iniciar o cumprimento antecipado de eventual punição em processo contra ele. Machado havia pedido ao STF para cumprir a punição em prisão domiciliar de 3 anos de imediato.

O acordo de delação de Sérgio Machado prevê devolução de R$ 75 milhões aos cofres públicos e 3 anos de prisão em casa, independente da pena que venha a obter - a punição não poderá ultrapassar 20 anos, conforme os termos do acordo.

Dos três anos de prisão, deverá permanecer completamente recluso em casa por 2 anos e 3 meses. Nos nove meses seguintes, poderá sair para prestar serviços comunitários. Em sua residência, em Fortaleza, poderá receber apenas advogados, profissionais de saúde e uma relação restrita de 27 familiares e amigos.

Conforme o acordo, seria "facultado" a Machado pedir, em até 30 dias depois da homologação de seu acordo, para cumprir a pena antecipadamente. Isso foi feito e o caso estava sob análise da Procuradoria Geral da República (PGR), mas agora a defesa desistiu e aponta razões "de foro íntimo".

"Importante dizer que os motivos que levam o peticionário a desistir de exercer a faculdade prevista na Cláusula 5ª, parágrafo 1º, alínea e, do Acordo de Colaboração Premiada, são de foro íntimo, desimportantes para o deslinde da presente da causa.

Por fim, como o referido pleito se encontra pendente de análise perante do Procurador Geral da República, desde o último dia 24 de junho, por uma questão de economia processual e para que não haja a movimentação da máquina judiciária em vão, requer-se, também, seja o Parquet intimado sobre o conteúdo da presente manifestação, afirmou a defesa.

Na colaboração com as investigações da Operação Lava Jato, Sérgio Machado admitiu ter repassado propina a mais de 20 políticos de 6 partidos. Só para o PMDB, que apadrinhou sua nomeação, o executivo teria arrecadado R$ 100 milhões.

Fonte: G1 – DF.

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