quinta-feira, 18 de agosto de 2016

COMENTÁRIO SCARCELA JORGE - QUINTA-FEIRA, 18 DE AGOSTO DE 2016

COMENTÁRIO­
Scarcela Jorge

NA PLENITUDE REALÍSTICA DO PAÍS.

Nobres:
Aquilo que a Senhora Dilma Rousseff em adotar “o golpe” esta lançou mais um golpe visando a sua permanência no poder A presidente afastada ofereceu à nação, ontem, uma carta-testamento de sua administração, interrompida pela ruína econômica do país, pelo maior escândalo de corrupção da história da nação e pela degradação das práticas políticas mazelas debitadas aos governos petistas pela maioria da população. Segundo ela, não é legítimo afastar o chefe de Estado e de governo pelo 'conjunto da obra', sem, no entanto, admitir que o processo de afastamento venha observando rigorosamente a Constituição com o respaldo das instituições democráticas do país, mais especificamente o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal. Não há por que afirmar, portanto, que a consumação do impeachment será um golpe de Estado. Mas a presidente, mantendo a condição de vítima que assumiu desde o início do processo de afastamento, insiste que não cometeu o crime de responsabilidade a ela atribuído. É seu direito se defender desta forma, como têm feito seus advogados em todas as etapas do julgamento político a que está sendo submetida. Jamais lhe foi negado o direito de se defender, como é de praxe nos procedimentos democráticos. Dilma Rousseff afirma que só quem pode afastar um presidente pelo "conjunto da obra" é o povo e, para possibilitar esta legitimidade, se compromete com a convocação de um plebiscito caso volte ao poder. Esquece-se a presidente afastada de que o povo já se manifestou diversas vezes sobre os desmandos de seu governo, sobre o aparelhamento do Estado e sobre a corrupção e o saque de dinheiro público durante sua administração. Multidões foram às ruas para protestar contra tudo isso. E também para apoiar inequivocamente tanto as investigações e as punições da Operação Lava-Jato quanto o julgamento político do governo interrompido, em fase de conclusão no Senado. No seu texto de quatro páginas, a presidente não reconhece erros nem pede desculpas. Apenas se diz injustiçada. O povo brasileiro é que se sente injustiçado, traído por seus representantes políticos e condenado ao sacrifício de uma crise sem precedentes, que extingue empregos e esperanças. É a ideologia da farsa e da anarquia que estimava lançar “o golpe” numa ilusão tópica que o lulismo defende a maior ditadura existente do mundo a de Fidel Castro. Não deu certo brincar com o povo brasileiro.

Antônio Scarcela Jorge.

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