COMENTÁRIO
Scarcela Jorge NA PLENITUDE REALÍSTICA DO PAÍS.
Nobres:
Aquilo que a Senhora Dilma Rousseff em adotar “o
golpe” esta lançou mais um golpe visando a sua permanência no poder A presidente
afastada ofereceu à nação, ontem, uma carta-testamento de sua administração,
interrompida pela ruína econômica do país, pelo maior escândalo de corrupção da
história da nação e pela degradação das práticas políticas mazelas debitadas
aos governos petistas pela maioria da população. Segundo ela, não é legítimo afastar
o chefe de Estado e de governo pelo 'conjunto da obra', sem, no entanto,
admitir que o processo de afastamento venha observando rigorosamente a
Constituição com o respaldo das instituições democráticas do país, mais
especificamente o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal. Não há por
que afirmar, portanto, que a consumação do impeachment será um golpe de Estado.
Mas a presidente, mantendo a condição de vítima que assumiu desde o início do
processo de afastamento, insiste que não cometeu o crime de responsabilidade a
ela atribuído. É seu direito se defender desta forma, como têm feito seus
advogados em todas as etapas do julgamento político a que está sendo submetida.
Jamais lhe foi negado o direito de se defender, como é de praxe nos procedimentos
democráticos. Dilma Rousseff afirma que só quem pode afastar um presidente pelo
"conjunto da obra" é o povo e, para possibilitar esta legitimidade,
se compromete com a convocação de um plebiscito caso volte ao poder. Esquece-se
a presidente afastada de que o povo já se manifestou diversas vezes sobre os
desmandos de seu governo, sobre o aparelhamento do Estado e sobre a corrupção e
o saque de dinheiro público durante sua administração. Multidões foram às ruas
para protestar contra tudo isso. E também para apoiar inequivocamente tanto as
investigações e as punições da Operação Lava-Jato quanto o julgamento político
do governo interrompido, em fase de conclusão no Senado. No seu texto de quatro
páginas, a presidente não reconhece erros nem pede desculpas. Apenas se diz
injustiçada. O povo brasileiro é que se sente injustiçado, traído por seus
representantes políticos e condenado ao sacrifício de uma crise sem
precedentes, que extingue empregos e esperanças. É a ideologia da farsa e da
anarquia que estimava lançar “o golpe” numa ilusão tópica que o lulismo defende
a maior ditadura existente do mundo a de Fidel Castro. Não deu certo brincar
com o povo brasileiro.
Antônio Scarcela Jorge.
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