sexta-feira, 12 de agosto de 2016

COMENTÁRIO SCARCELA JORGE - SEXTA-FEIRA, 12 DE AGOSTO DE 2016

COMENTÁRIO­
Scarcela Jorge.

O MANJADO GOLPE COMO CLASSIFICAM OS PESTITAS.

Nobres:
Ao optar pelo encaminhamento do impeachment, o Senado segue a vontade da maioria da população, manifestada inequivocamente nos protestos de rua do ano passado e nas pesquisas de opinião. Neste sentido já era previsível, a sessão do Senado destinada ao chamado juízo de pronúncia da presidente Dilma Rousseff, última etapa antes do julgamento definitivo do impeachment, não alterou em nada a visão dos seus julgadores: os defensores mantiveram o discurso de que se trata de um golpe porque não houve crime de responsabilidade e os acusadores sustentaram que o crime não só está configurado como também reconhecido pelas instituições que respaldam a democracia e a Constituição. A maioria, como também já se esperava, defende esta segunda interpretação, que as pesquisas de opinião têm revelado ser também a de parcela majoritária da população brasileira. "Foi um crime pequeno, mas um crime" admitiu o senador Cristovam Buarque (PPS-DF), ex-ministro de Lula e até pouco tempo atrás considerado um voto possível de ser recuperado pelos petistas. Mas ele reafirmou sua disposição de votar com a maioria, pelo impeachment, uma justificativa que não deixa dúvida: "Se estivéssemos no parlamentarismo, não teria a menor dúvida de que deveríamos dar um voto de desconfiança". O Senado, por maioria simples, já deu o seu voto de desconfiança, pelo que os próprios parlamentares chamam de conjunto da obra da presidente afastada: o desastre político que foi o seu governo, começado pelo segundo mandato do corrupto "São" Lula que atribuía como sendo dele a "entronização" dessas ações, como exemplo, "O MINHA CASA, MINHA VIDA, UM PROGRAMA inserido com recursos do FGTS e o povão, venera e santifica esse corrupto, especialmente o xiita do nordeste!  Na realidade o agravamento da crise econômica e o escândalo de corrupção investigado pela Operação Lava-Jato. Pouca gente sabe exatamente o que significa pedalada fiscal (o atraso de pagamento da União a bancos públicos para execução de despesas), mas não há quem não saiba que a Petrobras foi espoliada, que os políticos de vários partidos se beneficiaram das propinas cobradas por empresários desonestos e que o governo tentou acobertar seus apadrinhados. Tudo isso foi para a conta de Dilma Rousseff. O discurso do golpe fragilizou ainda mais o governo. O impeachment é um instrumento democrático, garantido pela Constituição e conta com o respaldo e a condução do Supremo Tribunal Federal. Trata-se, portanto, de um processo legítimo, ainda que a presidente alegue inocência e que seus defensores levantem suspeitos sobre a legalidade do julgamento político. O questionamento reforça a tese da legitimidade, pois a presidente afastada vem recebendo amplas oportunidades para se defender, como comprovam suas manifestações públicas e a aguerrida atuação dos integrantes do que se convencionou chamar de tropa de choque (mas, com  o efeito de traque) de Dilma o ex-advogado-geral da União José Eduardo Cardozo e os senadores Vanessa Grazziotin (PC do B-AM), Gleisi Hoffmann (PT-PR), Humberto Costa (PT-PE) e Lindbergh Farias (PT-RJ. Os brasileiros apenas desconfiam dos governantes afastados e da classe política como um todo. Por isso, tão logo seja superado esse doloroso processo de julgamento de uma presidente eleita e reeleita de forma livre e democrática, é essencial que a confiança dos brasileiros nas instituições e nos próprios representantes políticos seja restabelecida e que não volte este bando “de inocentes” como mais uma vez tentam enganar a grande parcela da população brasileira.
Antônio Scarcela Jorge.

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