COMENTÁRIO
Scarcela Jorge.O MANJADO GOLPE COMO CLASSIFICAM OS PESTITAS.
Nobres:
Ao optar pelo encaminhamento do impeachment, o Senado
segue a vontade da maioria da população, manifestada inequivocamente nos
protestos de rua do ano passado e nas pesquisas de opinião. Neste sentido já era
previsível, a sessão do Senado destinada ao chamado juízo de pronúncia da
presidente Dilma Rousseff, última etapa antes do julgamento definitivo do
impeachment, não alterou em nada a visão dos seus julgadores: os defensores
mantiveram o discurso de que se trata de um golpe porque não houve crime de responsabilidade
e os acusadores sustentaram que o crime não só está configurado como também
reconhecido pelas instituições que respaldam a democracia e a Constituição. A
maioria, como também já se esperava, defende esta segunda interpretação, que as
pesquisas de opinião têm revelado ser também a de parcela majoritária da
população brasileira. "Foi um crime pequeno, mas um crime" admitiu o
senador Cristovam Buarque (PPS-DF), ex-ministro de Lula e até pouco tempo atrás
considerado um voto possível de ser recuperado pelos petistas. Mas ele
reafirmou sua disposição de votar com a maioria, pelo impeachment, uma
justificativa que não deixa dúvida: "Se estivéssemos no parlamentarismo,
não teria a menor dúvida de que deveríamos dar um voto de desconfiança". O
Senado, por maioria simples, já deu o seu voto de desconfiança, pelo que os
próprios parlamentares chamam de conjunto da obra da presidente afastada: o
desastre político que foi o seu governo, começado pelo segundo mandato do corrupto "São" Lula que atribuía como sendo dele a "entronização" dessas ações, como exemplo, "O MINHA CASA, MINHA VIDA, UM PROGRAMA inserido com recursos do FGTS e o povão, venera e santifica esse corrupto, especialmente o xiita do nordeste! Na realidade o agravamento da crise econômica e o
escândalo de corrupção investigado pela Operação Lava-Jato. Pouca gente sabe
exatamente o que significa pedalada fiscal (o atraso de pagamento da União a
bancos públicos para execução de despesas), mas não há quem não saiba que a
Petrobras foi espoliada, que os políticos de vários partidos se beneficiaram
das propinas cobradas por empresários desonestos e que o governo tentou
acobertar seus apadrinhados. Tudo isso foi para a conta de Dilma Rousseff. O
discurso do golpe fragilizou ainda mais o governo. O impeachment é um
instrumento democrático, garantido pela Constituição e conta com o respaldo e a
condução do Supremo Tribunal Federal. Trata-se, portanto, de um processo
legítimo, ainda que a presidente alegue inocência e que seus defensores
levantem suspeitos sobre a legalidade do julgamento político. O questionamento
reforça a tese da legitimidade, pois a presidente afastada vem recebendo amplas
oportunidades para se defender, como comprovam suas manifestações públicas e a
aguerrida atuação dos integrantes do que se convencionou chamar de tropa de
choque (mas, com o efeito de traque) de
Dilma o ex-advogado-geral da União José Eduardo Cardozo e os senadores Vanessa
Grazziotin (PC do B-AM), Gleisi Hoffmann (PT-PR), Humberto Costa (PT-PE) e
Lindbergh Farias (PT-RJ. Os brasileiros apenas desconfiam dos governantes afastados
e da classe política como um todo. Por isso, tão logo seja superado esse
doloroso processo de julgamento de uma presidente eleita e reeleita de forma
livre e democrática, é essencial que a confiança dos brasileiros nas
instituições e nos próprios representantes políticos seja restabelecida e que
não volte este bando “de inocentes” como mais uma vez tentam enganar a grande
parcela da população brasileira.
Antônio
Scarcela Jorge.
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