TUDO ESCULHAMBADO COM NOVO BATE-BOCA ENTRE LINDBERGH E CAIADO, SESSÃO É INTERROMPIDA.
Senadores
tinham trocado ofensas nesta quinta na sessão do impeachment.
Ministro
Ricardo Lewandowski chegou a dizer que usaria 'poder de polícia'.
A sessão do julgamento final do
impeachment foi suspensa pelo presidente Ricardo Lewandowski após novo
bate-boca entre os senadores Ronaldo Caiado (DEM-GO) e Lindbergh Farias
(PT-RJ). Lewandowski chegou a dizer que usaria seu "poder de polícia"
para conter os ânimos e desligou os microfones.
Os dois já haviam trocado ofensas
no primeiro dia do julgamento, nesta quinta-feira (25), o que também tinha resultado em interrupção da
sessão.
O tumulto nesta sexta começou
quando Lindbergh chamou Caiado de "desqualificado".
Antes de o
senador petista ter a palavra, Caiado fez um discurso em que rebatia
argumentação da senadora Gleisi Hoffmann, na qual ela pedia a desqualificação
de testemunhas da acusação.
"Estou impressionado com o
desrespeito que existe aqui neste plenário. Esse senador que me antecedeu é um
desqualificado. O que ele fez com a senadora Gleisi, o que ele insinuou com a
senadora Gleisi é de uma covardia impressionante", criticou Lindbergh.
Houve reação de outros senadores
e discussão acalorada. Lewandowski tentou interromper a fala de Lindbergh.
"Senador me ouça. Senador Lindbergh,
eu peço a Vossa Excelência que me ouça. Eu não posso admitir palavras
injuriosas a qualquer senador. Vou usar meu poder de polícia para exigir
respeito mútuo e recíproco. Eu vou desligar os microfones. Estamos sem áudio.
Está suspensa a sessão", afirmou Lewandowski.
Mesmo com os microfones
desligados, os senadores continuaram trocando ofensas.
Bate-boca com Renan Calheiros.
Pouco depois do bate-boca entre
Lindbergh e Caiado, um novo tumulto no plenário fez Lewandowski interromper a
sessão e declarar horário de almoço mais cedo que o previsto.
O presidente do Senado, Renan
Calheiros (PMDB-AL), havia pedido a palavra a Lewandowski para fazer um apelo
aos colegas por bom senso e compostura durante o julgamento.
< olhe! que estado deprimente e descaracterizado - uma cerca separa os "gaiatos e anarquistas do petismo - e tem gente intelectual que se alia "este esteio". -
VIVA A CORRUPÇÃO A DILMA, O BRASIL E A A VENEZUELA!
Inicialmente, o senador do PMDB
pediu desculpas a Lewandowski, aos senadores e à sociedade pelo “espetáculo”
que a Casa estava protagonizando ao longo do julgamento.
“Queria pedir desculpa à vossa
excelência, aos senadores e ao país. Não podemos apresentar esse espetáculo à
sociedade. O Senado que tem se comportado com isenção, não pode apresentar essa
imagem”, ressaltou Renan.
Ele disse ainda que os
parlamentares estavam passando “ao Brasil e ao mundo” a imagem de que o Senado
é um “hospício”. Segundo o peemedebista, a confrontação política na sessão de
julgamento é uma “demonstração de que a burrice é infinita”.
“Esse confronto político não acrescenta
nada, absolutamente nem para um lado nem para o outro. Se continuarmos dessa
forma, teremos que cancelar o depoimento da presidente Dilma Rousseff que
acontecerá na segunda feira. Eu fico triste porque essa sessão é uma
demonstração de que a burrice é infinita”, disparou.
Na seqüência, depois de fazer um
discurso em tom conciliatório, o presidente do Senado surpreendeu a todos ao
desferir uma dura crítica a Gleisi em razão do comentário da senadora petista
de que a Casa “não tinha moral” para julgar a presidente da República.
A parlamentar fez a acusação
nesta quinta (25), primeiro dia do julgamento final do impeachment. Na ocasião,
a fala de Gleisi revoltou entre os senadores, gerou tumulto no plenário e
obrigou Lewandowski a interromper por cinco minutos a sessão.
“Ontem a senadora Gleisi chegou
ao cúmulo de dizer que o Senado não tinha moral para julgar a presidente da
República. Isso não pode acontecer. Como uma senadora pode fazer uma acusação
dessa?”, questionou Renan.
Neste momento, o presidente do
Senado lembrou o episódio da prisão do marido de Gleisi Hoffmann, o ex-ministro
do Planejamento Paulo Bernardo, pela Operação Custo Brasil, da Polícia Federal
(PF). Paulo Bernardo é suspeito de
“Justamente uma senadora que o
Senado conseguiu, no Supremo Tribunal Federal, desfazer o seu indiciamento e o
do seu marido pela Polícia Federal”, completou Renan.
A fala do presidente do Senado
provocou revolta de senadores aliados à presidente Dilma Rousseff que
aumentaram o tom das falas contra o peemedebista.
Gleisi disse que o que Renan
estava falando “não era verdade”. Lindbergh Farias também elevou o volume da
voz contra o presidente do Senado.
Diante da situação, o presidente
do STF, Ricardo Lewandowski, que também preside o processo de impeachment
decidiu suspender a sessão por cinco minutos e, depois, decidiu adiantar o
horário de almoço, que estava previsto para as 13h.
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