SCARCELA JORGE |
COMENTÁRIO
Scarcela Jorge.CRISE MORAL.
Nobres:
Permanecemos vivenciando em momento delicado em função
da crise ética e econômica simultaneamente presentes. O país está,
verdadeiramente, nocauteado pela má gestão povoada por sanguessugas e
incompetentes certamente a sociedade não quer. Esta almeja, por óbvio,
eficiência e retidão na condução dos interesses públicos. A questão é saber se
somente a incompetência e a corrupção de alguns induziram à situação caótica vivida.
Ao nosso sentir não! Outros fatores estão presentes. Entre esses, está um
histórico comportamento governamental que busca inserir a atividade pública em
setores nos quais não deve estar. Essa conduta acarreta um gigantismo letal à
eficiência, face à multiplicidade de setores em que passa a atuar dificuldades
de controle, volume de gastos e ausência de foco. Estado excessivamente
intervencionista, quiçá, atenda apenas a interesses eleitoreiros de governos.
Ao assim proceder, sem dúvida, sacrifica a eficácia de suas funções essenciais,
embora devesse nesse espaço ativamente estar presente. Dentro do raro momento
de sabedoria e lucidez do Deputado Everardo Tiririca veio consolidar a real
situação do político que ele estimou: – “pior é que está é que não fica”
plagiando de certo modo e obviamente reiterando; assim, como está, portanto,
não é possível continuar e a situação é bem mais complexa do que o ajuste das contas
e punição de criminosos. A questão maior reside no modelo atual de Estado. Este
permite todos os desmandos que aí estão. Para assim concluir, não é preciso nem
mesmo ser atento, basta não ser alienado. Portanto, chegou o momento dos
agentes políticos definitivamente compreenderem que a fórmula atual se esgotou
e a sociedade deve decidir que Estado quer. Aquele assistencialista ou aquele
que divide responsabilidades. O primeiro dá o peixe, o segundo ensina a pescar! Nesta quadra da história, é inegável que a medida da intervenção estatal na
vida do cidadão deve ser revista, pois como está, além de tolher a liberdade,
permite o incremento de desmandos. Estado conduzido por governo atordoado pelo
gigantismo, tolerante com a incompetência e não competitivo é modelo
inaceitável. Assim, a raiz da crise, antes da corrupção e da má gestão, está no
modelo de Estado que permite o agir inconseqüente de governos. Para antevermos
melhor ação, rogamos com a efetivação de Temer, tomará os rumos para uma nação
que encontrará norte para combater os malefícios corruptos e, assim que
seja.
Antônio
Scarcela Jorge.
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