quinta-feira, 11 de agosto de 2016

COMENTÁRIO SCARCELA JORGE - QUINTA-FEIRA, 11 DE AGOSTO DE 2016

SCARCELA JORGE
COMENTÁRIO­
Scarcela Jorge.

CRISE MORAL.

Nobres:
Permanecemos vivenciando em momento delicado em função da crise ética e econômica simultaneamente presentes. O país está, verdadeiramente, nocauteado pela má gestão povoada por sanguessugas e incompetentes certamente a sociedade não quer. Esta almeja, por óbvio, eficiência e retidão na condução dos interesses públicos. A questão é saber se somente a incompetência e a corrupção de alguns induziram à situação caótica vivida. Ao nosso sentir não! Outros fatores estão presentes. Entre esses, está um histórico comportamento governamental que busca inserir a atividade pública em setores nos quais não deve estar. Essa conduta acarreta um gigantismo letal à eficiência, face à multiplicidade de setores em que passa a atuar dificuldades de controle, volume de gastos e ausência de foco. Estado excessivamente intervencionista, quiçá, atenda apenas a interesses eleitoreiros de governos. Ao assim proceder, sem dúvida, sacrifica a eficácia de suas funções essenciais, embora devesse nesse espaço ativamente estar presente. Dentro do raro momento de sabedoria e lucidez do Deputado Everardo Tiririca veio consolidar a real situação do político que ele estimou: – “pior é que está é que não fica” plagiando de certo modo e obviamente reiterando; assim, como está, portanto, não é possível continuar e a situação é bem mais complexa do que o ajuste das contas e punição de criminosos. A questão maior reside no modelo atual de Estado. Este permite todos os desmandos que aí estão. Para assim concluir, não é preciso nem mesmo ser atento, basta não ser alienado. Portanto, chegou o momento dos agentes políticos definitivamente compreenderem que a fórmula atual se esgotou e a sociedade deve decidir que Estado quer. Aquele assistencialista ou aquele que divide responsabilidades. O primeiro dá o peixe, o segundo ensina a pescar! Nesta quadra da história, é inegável que a medida da intervenção estatal na vida do cidadão deve ser revista, pois como está, além de tolher a liberdade, permite o incremento de desmandos. Estado conduzido por governo atordoado pelo gigantismo, tolerante com a incompetência e não competitivo é modelo inaceitável. Assim, a raiz da crise, antes da corrupção e da má gestão, está no modelo de Estado que permite o agir inconseqüente de governos. Para antevermos melhor ação, rogamos com a efetivação de Temer, tomará os rumos para uma nação que encontrará norte para combater os malefícios corruptos e, assim que seja.  
Antônio Scarcela Jorge.

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