Ao
vetar, Dilma afirmou que reajuste levaria ao desligamento de beneficiários.
Para o presidente do PSDB, decisão não é ato de responsabilidade fiscal.
O presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG),
criticou a decisão da presidente Dilma Rousseff de vetar o
reajuste do benefício do Bolsa Família pela inflação.
Segundo
ele, essa atitude sacrifica a população que mais precisa do apoio do governo.
A
declaração foi divulgada por meio da assessoria de imprensa neste sábado (2).
A presidente Dilma Rousseff sancionou, em edição extra
do "Diário Oficial da União" editada na quinta-feira (31), a Lei de
Diretrizes Orçamentárias de 2016, que estabelece os parâmetros para a
elaboração do Orçamento da União.
A lei foi sancionada com mais de 50 vetos, incluindo
um trecho que previa o reajuste do benefício do Bolsa Família pelo índice
oficial de inflação, medida pelo IPCA, acumulada entre maio de 2014 e dezembro
de 2015.
Na justificativa do veto, o governo alega que o texto
aprovado pelo Congresso não traz a previsão de verba para isso e que, "se
sancionado, o reajuste proposto, por não ser compatível com o espaço
orçamentário, implicaria necessariamente o desligamento de beneficiários do
Programa Bolsa Família".
Procurado, a assessoria de imprensa do Palácio do
Planalto informou que não comentará as críticas do senador.
"Em um momento de grave crise, os primeiros a
sofrer e de forma mais profunda são os que mais necessitam, ou seja, exatamente
os beneficiários do Bolsa Família.
A presidente Dilma, com seu veto, mais uma
vez, sacrifica a população que mais precisa do apoio do governo", disse
Aécio Neves.
O senador argumentou que, sem recomposição do poder de
compra do Bolsa Família, "o alcance social do programa diminui e a crise
criada pelo governo do PT invade a vida dos mais pobres".
Segundo a avaliação dele, o veto ao reajuste do Bolsa Família não é um ato de responsabilidade fiscal.
Aécio afirmou, ainda, que o governo, "se
quisesse", teria como aumentar os gastos com o programa.
"Um reajuste
de 11,6% do Bolsa Família teria impacto de cerca R$ 3 bilhões. Mesmo na atual
situação de grave crise, esse não é um valor que iria gerar maiores problemas,
sobretudo se avaliasse seu impacto social", disse.
Na declaração, o senador afirmou, ainda, que "a
crise e a falta de recursos orçamentários que compromete não apenas o Bolsa
Família, mas também os serviços de saúde e educação, decorrem do desastre
econômico e desvios de recursos dos governos do PT".
Fonte: G1 – DF.
Nenhum comentário:
Postar um comentário