AÇÕES DA PETROBRAS FICAM ABAIXO DE R$ 5 PELA PRIMEIRA VEZ DESDE
2003.
Desvalorização do petróleo e receio com o sucesso do programa de venda de ativos da estatal derrubam os papéis nesta segunda.
As ações preferenciais (sem direito a voto) da
Petrobras desceram para menos de 5 reais nesta segunda-feira, patamar a que os
papéis não desciam desde julho de 2003.
Por volta de 14h40, as ações caíam
3,09% na Bovespa, na esteira do declínio do petróleo e de preocupações com o
nível de dívida e o andamento do plano de vendas de ativos da companhia.
No exterior, os preços do petróleo renovaram mínimas
desde 2003, com o mercado preparando-se para receber exportações adicionais do
Irã depois que as sanções internacionais ao país foram retiradas no fim de
semana.
Nas questões internas da companhia, uma das principais
preocupações de investidores é a eventual necessidade de ajuda do Tesouro
Nacional ou nova capitalização via emissões de ações, dado o elevado nível de
endividamento da petroleira e dificuldades para programar seu plano de
desinvestimentos.
Na última sexta-feira, executivos da estatal afirmaram que
uma ajuda do governo não está no radar e que seria a última opção.
A equipe de analistas do UBS destacou em relatório na
semana passada que o plano de desinvestimento ainda pode ajudar a criar valor
para a companhia, mas ponderou que os desafios crescem e que eles ainda vêem
riscos elevados de uma oferta de ações, "embora provavelmente não este
ano".
As ações ordinárias (com direito a voto) da estatal
recuavam 2,68%, a 6,48 reais. O Ibovespa cedia quase 1%.
No ano, ambas as
classes de ações da Petrobras acumulam queda de cerca de 30%.
Fonte: Reuters.
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