PETROBRAS VAI
COLOCAR A TRANSPETRO À VENDA EM BUSCA DE ALÍVIO NO CAIXA.
A estratégia é
negociar ativos que não estejam relacionados ao valor do barril, como a
infraestrutura logística da Transpetro.
Com a piora das cotações internacionais
do petróleo e o conseqüente agravamento de sua situação financeira, a Petrobras
dobrou a aposta na venda de ativos como alternativa para aliviar o caixa.
A
estratégia é negociar ativos que não esteja relacionado ao valor do barril,
como a infraestrutura logística da Transpetro, subsidiária responsável pela
frota de navios, terminais e oleodutos.
“O valor de US$ 14,4 bilhões em
desinvestimento é o nosso piso, e não a meta” resumiu ontem o diretor
financeiro da estatal, Ivan Monteiro. Além disso, a estatal negou a intenção de
recorrer ao Tesouro para engordar o caixa e previu novas demissões.
“O que
fazemos desde o início dessa gestão é afastar a hipótese de recorrer ou ser
assistido pelo Tesouro.
Se não tivéssemos tomados as decisões que tomamos, já
teríamos batido na porta do Tesouro há muito tempo”, ressaltou o executivo em
entrevista coletiva na tarde de ontem.
Mas o diretor da estatal considerou
qualquer operação junto ao governo como “a última alternativa”.
A negativa ocorreu após sinalização da
presidente Dilma Rousseff de um possível socorro à empresa.
Negociações
envolvendo a Transpetro, citadas hoje pela primeira vez, ainda estão em fase
inicial. A Transpetro administra uma frota de 54 navios, além de 49 terminais,
estações de bombeamento e malha de oleodutos.
Além da subsidiária, Monteiro estimou
entre 20 e 30 os ativos na relação de venda, em diferentes estágios de
negociação.
Segundo ele, a empresa ainda não recebeu ofertas por participação
na BR Distribuidora, mas tem recebido manifestações de interesse de
investidores nas fábricas de produtos nitrogenados, destinados à produção de
fertilizantes para a agricultura.
O executivo também acenou com novos
cortes de gastos operacionais, que passará pela devolução de imóveis alugados e
demissão de funcionários terceirizados.
“Fizemos um corte muito grande de
terceirizado. Na minha visão, a companhia se comportou bem e devemos fazer uma
segunda onda de demissões”, frisou Monteiro.
Fonte: Agência Brasil.
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