DESDOBRAMENTOS DA LAVA JATO ATROPELAM ESTRATÉGIA DO PLANALTO PARA RECOMPOR BASE.
O desdobramento da Operação Lava Jato passaram a preocupar o Palácio do Planalto neste início de ano. A expectativa da articulação política do governo era de um período de calmaria em janeiro.
Contudo permitiria aproveitar o recesso parlamentar
para recompor pelo menos parte da base aliada no Congresso Nacional.
Principalmente, para enfrentar o processo de impeachment contra a presidente
Dilma.
Mas há o reconhecimento no governo de que essa
estratégia foi atropelada já nos primeiros dias de 2016.
A revelação de
mensagens trocadas entre o ex-presidente da OAS Léo Pinheiro, autoridades e
políticos tirou a tranqüilidade necessária para que o Executivo pudesse
trabalhar para recuperar a governabilidade.
Causou desconforto no Planalto o surgimento de
mensagens entre Léo Pinheiro e ministros, como Jaques Wagner, da Casa Civil, e
Edinho Silva, da Secretaria de Comunicação Social.
Em outras mensagens, o presidente da Câmara, Eduardo
Cunha, cobra do então executivo da OAS contribuição para campanhas eleitorais
do PMDB.
A investigação da Polícia Federal mostra o grau de intimidade do empreiteiro com o poder até ser
preso pela Operação Lava Jato, em 2014.
Ele chegou a ser apontado como uma espécie de
homem-bomba, com potencial de fazer uma delação premiada explosiva.
Depois de condenado em primeira instância, o
empreiteiro recebeu autorização para recorrer em liberdade.
Fonte: G1 – DF.
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