Presidente foi arrolada pela defesa de um dos réus como testemunha.
< Ela poderá depor por escrito na investigação sobre suposta compra de MPs.
A Justiça Federal em Brasília autorizou o depoimento
da presidente Dilma Rousseff como testemunha de um dos réus da Operação
Zelotes, o empresário Eduardo Valadão. Apesar da autorização do depoimento,
Dilma não é alvo da investigação.
A Operação Zelotes, deflagrada
em março de 2015, apura suspeita de pagamento de propina para
integrantes do Carf com o objetivo de anular ou reduzir débitos tributários de
empresas com a Receita Federal.
A força tarefa que apura o caso também
investiga a suposta
venda de duas medidas provisórias durante o governo de Luiz Inácio Lula
da Silva e uma no governo Dilma Rousseff.
A autorização para que a presidente seja ouvida foi do
juiz Vallisney de Souza Oliveira.
O depoimento será dado na Operação Zelote, na
parte da investigação sobre a suposta compra de medidas provisórias para
prorrogar incentivos fiscais a montadoras.
O juiz decidiu autorizar o
depoimento de Dilma por escrito porque considerou que é um direito do réu no
caso, Eduardo Valadão arrolar as suas testemunhas de defesa.
O Palácio do Planalto informou que não vai comentar
sobre o fato de a presidente ser autorizada pela justiça para testemunhar na operação.
A presidente tem a prerrogativa de responder por
escrito às perguntas, dizer desde logo que não sabe nada sobre o que está sendo
investigado ou abrir mão da prerrogativa de mandar as respostas por escrito e
agendar uma data para ser ouvida.
As perguntas deverão ser elaboradas tanto pelo Ministério Público Federal quanto pelo advogado de Eduardo Valadão. O juiz poderá retirar ou acrescentar questões.
As perguntas deverão ser elaboradas tanto pelo Ministério Público Federal quanto pelo advogado de Eduardo Valadão. O juiz poderá retirar ou acrescentar questões.
Os depoimentos de testemunhas arroladas pela defesa
começam nesta sexta (22), na Justiça Federal em Brasília. Além de Dilma, o juiz
também autorizou depoimentos de outros políticos como o ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva, marcado para a próxima segunda (25).
Esse deverá ser o segundo depoimento de Lula, que falou a
investigadores da operação no último dia 6.
Medidas provisórias editadas no governo Lula estão no
centro das investigações da Zelote, que apontam que havia colaboradores dentro
do Palácio do Planalto para que MPs fossem editadas com o texto favorável aos
interesses das montadoras.
A empresa dele recebeu R$ 2,5 milhões da empresa
Marcondes e Mautoni por uma consultoria em que foram dadas informações copiadas
da internet, segundo a PF.
Fonte: G1 – DF.
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