COMENTÁRIO
Scarcela
Jorge
O JEITINHO DE O BRASILEIRO ESCOLHER CANDIDATURAS.
Nobres:
Neste “infalível Brasil que normatizou o império da
corrupção política, não é mais por menos e nem surpresa a autenticidade
negativista na realidade. Para destacar o cotidiano foi a grande pilhéria do
dia de ontem foi o Senhor Luís Inácio Lula da Silva para blogueiros devidamente
encomendados pelas redes sociais da mídia “chapa de Bronze” para discorrer
sobre sua conduta, segundo ele, “sendo como
o único homem em ser honesto neste Brasil.” Não nos surpreendeu que um
individuo comprovamente desonesto e que ocupou o cargo de presidente da
República – Chefe de Estado e do governo pois exatos oito anos consecutivos por
referendo popular por eleitores (infelizmente o Pelé disse em 1960 que o
brasileiro não sabe votar.) – por esta razão consolida-se o reflexo negativo
que vivencia o nosso país ensejando a anarquia e o descompromisso em firmar
soluções para crises em todo os sentidos que ora assola neste Brasil. É grande
contradição quando ele foi justamente o promovente de grandes escândalos
envolvendo políticos aliados que tiveram amplamente divulgado pela imprensa e
que revoltam boa parte dos brasileiros. Entretanto a natural passividade em
poucos casos, a população vai às ruas para protestar e a maioria dos cidadãos
provavelmente se lembrariam apenas do impeachment de Fernando Collor, em 1992,
como resultado concreto de uma mobilização popular. Pior: em muitos casos, os
responsáveis por desvio de verbas, vendas de votos ou quaisquer outros
malfeitos com o dinheiro público acabam reconduzidos pela população a cargos
eletivos (foi o caso do próprio Collor, hoje senador), levando essas pessoas a
proclamar que foram “absolvidos pelas urnas”. Se por um lado é fato que muitos
desses políticos ainda não tiveram uma condenação judicial em última instância
e podem sempre invocar a presunção de inocência, por outro é assombroso que os
eleitores depositem tanta confiança em homens públicos cujas ações mostram às
vezes de forma inequívoca seu envolvimento com ilícitos. Cada eleição indica
que, infelizmente, o histórico de corrupção do candidato ainda conta pouco na
lista de prioridades da população. Mas não é apenas com a corrupção “grande”,
envolvendo o poder público, que muitos brasileiros são condescendentes. O dia a
dia está repleto de pequenos atos de corrupção, que as pessoas preferem
justificar como expressão do famoso “jeitinho brasileiro”, o que é uma
injustiça com o próprio “jeitinho”, esse talento sadio para contornar situações
ou excessos dos regulamentos, sem conseqüências de ordem moral. O brasileiro
reconhece que, em vários casos, existe certa “zona cinzenta” entre o certo e o
errado na qual é possível se mover o contrário de uma moralidade de matriz em que
vê apenas o preto e o branco e não consegue perceber que existe uma gradação
entre as regras que regem, por exemplo, a formação de uma fila e o uso dos
recursos públicos. Quando essas leis ganham o mesmo status moral, uma pessoa
que pede para passar à frente na fila em uma emergência é tão infratora quanto
quem desvia quantias milionárias. O brasileiro se insurge, com razão, contra
esse modo de enxergar a realidade, mas há quem exagere e coloque na conta do
“jeitinho” verdadeiras desonestidades. Se for verdade que os eleitos são imagens
dos eleitores do presente, teremos que esperar uma nova geração de cidadãos
menos tolerantes com qualquer tipo de corrupção, poderá ter a garantia de
renovação futura, para melhor, nos quadros da administração pública.
Antônio Scarcela Jorge.
Nenhum comentário:
Postar um comentário