COMENTÁRIO
Scarcela
Jorge
NA MELHOR HIPÓTESE, ELEIÇÕES GERAIS.
Nobres:
No estado que nos transparece ser
anedotário e ao mesmo tempo de extrema gravidade que ora passa o país em função
da crise imoral política promovido pelo desalinhado e desmoralizado governo
lulista sob a batuta de Dilma Rousseff que procura encontrar um jeito para se
desviar de tanta aberração. Neste contexto recorreu o recesso no sentido de
amenizar questões e em cadeia entre governos proclamou o recesso pra todo lado,
anunciaram o chamado recesso por mais de trinta dias, no sentido de adiar ações
que se tornaram inadiáveis, como impulsos vivenciamos até o desenrolar dos
acontecimentos, consolida uma atitude irresponsável que tem muito haver de um
gestor que aposta na impunidade e está convicto em compram votos neste ano de
negociatas no ano eleitoral de 2016, numa interação de uma força majoritária de
eleitores também corruptos. – Como é ato comum e de irmandade, o Congresso
Nacional, também, entrou em férias sem decidir duas explosivas propostas: o
impeachment da presidente da República e a cassação do mandato do presidente da
Câmara. Enquanto os parlamentares veraneiam, o povo espera pela sua volta para,
então, decidirem sobre a provisoriedade instalada no governo, na direção da
Câmara dos Deputados e em outros quadrantes do poder político-administrativo. A
sensação que sobra é de abandono, de já termos batido no fundo do poço, pois,
ao lado da crise política, há a econômica, causando inflação, desvalorização da
moeda, desemprego, fome e outros efeitos típicos. Enquanto os agentes políticos
se debatem por suas teses, a economia sangra e o povo sofre. O Brasil perde
avaliação no mercado internacional, a produção cai e a miséria se amplia.
Parece termos chegado ao final de mais um ciclo da história política nacional,
tradicionalmente composta por períodos relativamente curtos. Tanto que já
vivemos a Sexta República. O modelo de democracia construído a partir da
Constituição de 88 apresenta feridas letais. A classe política é duramente
acometida pela corrupção que, em maior ou menor proporção, mancha a esmagadora
maioria dos partidos e suas lideranças; todos poluídos pelos esquemas já
apurados no Mensalão, na Lava Jato e em outros processos e investigações sobre
o assalto aos cofres públicos para o custeio de campanhas eleitorais e até para
o enriquecimento ilícito de destacadas figuras. A revelação dos malfeitos e a
luta do salve-se-quem-puder destroem a reputação dos atuais detentores de mandatos
e lideranças partidárias. É preciso fazer algo para salvar o Brasil. A
Constituição não prevê, mas o melhor seria, diante da ingovernabilidade e da
infuncionalidade congressual, buscar o caminho da reforma plena. Em vez da
interminável tramitação de impeachment e cassações, convocar para dentro de 120
dias eleições para presidente da República, senador e deputado federal. Nesse
ano já teremos uma eleição (de prefeitos e vereadores). Bastaria agregar os
outros cargos à consulta popular, sem maiores delongas. Poderia também se
eleger governadores e deputados estaduais, estabelecendo-se assim o dia de eleição
geral a cada quatro anos. O país não pode continuar indefinidamente com
governantes e congressistas suspeitos e sem o apoio da sociedade. Uma eleição
geral, com campanha séria e competente, legitimaria o poder em todos os pontos
onde hoje ele é contestado e padece de representatividade. Quanto aos crimes
cometidos contra o erário, isso é questão de polícia e justiça. Os processos
têm de continuar e outros se formarem até que os implicados paguem pelo mal que
fizeram. Se quiserem que nosso país não seja o anunciado permanente quando
Estadista francês Charles De Gaulle.
Antônio Scarcela Jorge.
Nenhum comentário:
Postar um comentário