sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

COMENTÁRIO SCARCELA JORGE - SEXTA-FEIRA, 8 DE JANEIRO DE 2016

COMENTÁRIO
Scarcela Jorge

NA MELHOR HIPÓTESE, ELEIÇÕES GERAIS.

Nobres:
No estado que nos transparece ser anedotário e ao mesmo tempo de extrema gravidade que ora passa o país em função da crise imoral política promovido pelo desalinhado e desmoralizado governo lulista sob a batuta de Dilma Rousseff que procura encontrar um jeito para se desviar de tanta aberração. Neste contexto recorreu o recesso no sentido de amenizar questões e em cadeia entre governos proclamou o recesso pra todo lado, anunciaram o chamado recesso por mais de trinta dias, no sentido de adiar ações que se tornaram inadiáveis, como impulsos vivenciamos até o desenrolar dos acontecimentos, consolida uma atitude irresponsável que tem muito haver de um gestor que aposta na impunidade e está convicto em compram votos neste ano de negociatas no ano eleitoral de 2016, numa interação de uma força majoritária de eleitores também corruptos. – Como é ato comum e de irmandade, o Congresso Nacional, também, entrou em férias sem decidir duas explosivas propostas: o impeachment da presidente da República e a cassação do mandato do presidente da Câmara. Enquanto os parlamentares veraneiam, o povo espera pela sua volta para, então, decidirem sobre a provisoriedade instalada no governo, na direção da Câmara dos Deputados e em outros quadrantes do poder político-administrativo. A sensação que sobra é de abandono, de já termos batido no fundo do poço, pois, ao lado da crise política, há a econômica, causando inflação, desvalorização da moeda, desemprego, fome e outros efeitos típicos. Enquanto os agentes políticos se debatem por suas teses, a economia sangra e o povo sofre. O Brasil perde avaliação no mercado internacional, a produção cai e a miséria se amplia. Parece termos chegado ao final de mais um ciclo da história política nacional, tradicionalmente composta por períodos relativamente curtos. Tanto que já vivemos a Sexta República. O modelo de democracia construído a partir da Constituição de 88 apresenta feridas letais. A classe política é duramente acometida pela corrupção que, em maior ou menor proporção, mancha a esmagadora maioria dos partidos e suas lideranças; todos poluídos pelos esquemas já apurados no Mensalão, na Lava Jato e em outros processos e investigações sobre o assalto aos cofres públicos para o custeio de campanhas eleitorais e até para o enriquecimento ilícito de destacadas figuras. A revelação dos malfeitos e a luta do salve-se-quem-puder destroem a reputação dos atuais detentores de mandatos e lideranças partidárias. É preciso fazer algo para salvar o Brasil. A Constituição não prevê, mas o melhor seria, diante da ingovernabilidade e da infuncionalidade congressual, buscar o caminho da reforma plena. Em vez da interminável tramitação de impeachment e cassações, convocar para dentro de 120 dias eleições para presidente da República, senador e deputado federal. Nesse ano já teremos uma eleição (de prefeitos e vereadores). Bastaria agregar os outros cargos à consulta popular, sem maiores delongas. Poderia também se eleger governadores e deputados estaduais, estabelecendo-se assim o dia de eleição geral a cada quatro anos. O país não pode continuar indefinidamente com governantes e congressistas suspeitos e sem o apoio da sociedade. Uma eleição geral, com campanha séria e competente, legitimaria o poder em todos os pontos onde hoje ele é contestado e padece de representatividade. Quanto aos crimes cometidos contra o erário, isso é questão de polícia e justiça. Os processos têm de continuar e outros se formarem até que os implicados paguem pelo mal que fizeram. Se quiserem que nosso país não seja o anunciado permanente quando Estadista francês Charles De Gaulle. 

Antônio Scarcela Jorge.

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