quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

INSTITUIÇÕES DO ESTADO BRASILEIRO CONTINUAM CAÇA AOS CORRUPTOS ALIADOS AO (DÊS) GOVERNO

 TRÊS PESSOAS SÃO PRESAS POR LAVAGEM DE DINHEIRO NA 22ª FASE DA LAVA JATO.

PF prendeu Ricardo Honório Neto, Renata Pereira Brito e Nelci Warken.


Força-tarefa suspeita que imóveis foram usados para repasse de propina.


Três pessoas foram presas nesta quarta-feira (27), em São Paulo, na 22ª fase da Operação Lava Jato. 

Desta vez, o alvo das investigações são apartamentos no Guarujá, litoral paulista. 

A força-tarefa da Lava Jato suspeita que imóveis foram usados para repassar propina no esquema de corrupção da Petrobras.

Uma das pessoas presas é a publicitária Nelci Warken. 

Ela prestou serviços à Bancoop, Cooperativa Habitacional dos Bancários, de São Paulo, investigada por ter lesado pelo menos três mil famílias que compraram imóveis e não receberam. 

Alguns imóveis da Bancoop foram repassados a empreiteira OAS, envolvida na Lava Jato. 

A Polícia Federal suspeita que os apartamentos foram usados pela OAS para pagar propina.

Para o Ministério Público Federal, Nelci foi laranja num esquema de ocultação de patrimônio. 

Ela é apontada como dona de uma empresa offshore, que tem um apartamento no Guarujá, litoral de São Paulo. 

Offshores são empresas abertas no exterior que podem ser usadas para lavagem de dinheiro.

Segundo a força-tarefa, outro apartamento no prédio é de parentes do ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto. 

<Vaccari, que já presidiu a Bancoop, está preso pela Lava Jato desde abril, e já foi condenado pela Justiça.

“Há realmente indicativos de uso desses apartamentos para lavagem de dinheiro. 

Nós estamos verificando, neste momento, principalmente familiares do Vaccari, que tiveram transações com esses apartamentos”, fala o procurador Carlos Fernando Lima.

Os outros dois presos são: Ricardo Honório Neto e Renata Pereira Brito, da empresa Mossac Fonseca, especializada na abertura de offshore, com sede no Panamá. 

Muitos investigados da Lava Jato usavam o mecanismo para ocultar o dinheiro de propina, inclusive delatores do esquema.
  
São seis mandados de prisão, 15 de busca e apreensão e dois de condução coercitiva, quando a pessoa é levada para prestar depoimento e depois liberada. 

Os agentes federais estiveram em São Paulo, Santo André, São Bernardo do Campo e Joaçaba, em Santa Catarina. Entre os crimes estão corrupção, fraude, evasão de divisas e lavagem de dinheiro.

Oitenta agentes da Receita e da Polícia Federal participaram da operação desta quarta-feira (27). 

Os três presos já saíram de São Paulo e devem chegar à sede da Polícia Federal, em Curitiba, à tarde. 

A polícia ainda procura três pessoas ligadas à empresa panamenha Mossack Fonseca.

De acordo com os investigadores, a polícia de Fronteira já foi avisada, porque dois dos procurados estão no exterior. 

O outro é um cidadão venezuelano, que trabalha no Brasil. 

Todas as prisões são temporárias, ou seja, têm prazo de cinco dias.

Durante essa investigação, a Polícia Federal descobriu que as empresas suspeitas de lavagem de dinheiro tentaram destruir documentos que pudessem comprometer os envolvidos. 

A operação envolve um grande esquema para esconder dinheiro da corrupção na Petrobras. 

Os investigados usaram empresas e contas no exterior. Colocaram em nome de uma dessas empresas, a Murray, a titularidade de apartamentos em São Paulo, que era da Bancoop, Cooperativa de Bancários de São Paulo, e depois foram assumidos pela OAS, empreiteira investigada na Operação Lava Jato.

Com isso pretendiam esconder que os verdadeiros donos eram a agentes envolvidos em desvios em contratos e propina na Petrobras. 

Um dos apartamentos está em nome da Murray Offshore registrada pela Mossack Fonseca & Corporate Services.

Segundo a Polícia Federal, há indícios de fraude na compra e administração desse patrimônio pela Offshore Murray e provas de que a representação da empresa que criou a Murray escondeu e até destruiu documentos que pudessem incriminar os envolvidos.

Na conversa interceptada pela Polícia Federal no último sábado (23)  Ademir Auada, responsável pela Offshore Murray, dona de um apartamento no condomínio, conversa com a filha Carolina Mariê Auada. Eles falam sobre papéis que foram picotados e a compra e uma nova máquina para picotar mais papel. 

Para a Polícia Federal são indícios de que estão destruindo documentos da investigação.

Os apartamentos são negócios da Bancoop, que já foi presidida por João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT que está preso desde abril do ano passado e já foi condenado por corrupção e lavagem de dinheiro.

Os imóveis ficam em um condomínio no Guarujá, em São Paulo. 

É o mesmo condomínio onde a OAS tem um tríplex que, segundo o Ministério Público de São Paulo, a empreiteira havia reservado ao ex-presidente Lula e sua família. 

A titularidade do tríplex, especificamente, é investigada pelo Ministério Público de São Paulo, que vê indícios de lavagem de dinheiro e ocultação de patrimônio.

No fim de semana, o Instituto Lula já afirmou que o ex-presidente e sua esposa não tem têm relação direta ou indireta com a transferência dos projetos da extinta Bancoop para empresas incorporadoras, que são várias, e não apenas a OAS.

Não há, portanto, crime de ocultação de patrimônio, muito menos de lavagem de dinheiro, segundo o Instituto.

Os advogados de Nelci Warken disseram que ela não tem nada tem a ver com a construtora OAS. 

E que a compra do apartamento no prédio que a empresa construiu no Guarujá foi regular.

O advogado da OAS, Edward Carvalho, informou que o mandado de busca e apreensão na empresa foi desnecessário e que se a Polícia Federal solicitasse as informações, a construtora as teria fornecido.

A equipe do Jornal Hoje tentou contato, mas não conseguiu resposta dos advogados de João Vaccari Neto, Ademir Auada, Ricardo Honório Neto, Renata Pereira Brito, da empresa Mossack Fonseca, da Murray e também da Bancoop.
Fonte: G1 – DF.


IMÓVEIS DA BANCOOP, INCLUSIVE O QUE SERIA DE LULA, SÃO ALVOS DE OPERAÇÃO.

Construtora OAS havia reservado um triplex para a família do ex-presidente Lula.

Procuradores da “Operação Lava Jato” afirmaram nesta quarta-feira (27) que todos os apartamentos do condomínio Solaris, em Guarujá, são alvo da Lava Jato na investigação de um esquema de offshore criadas para enviar ao exterior dinheiro desviado da Petrobras.

Segundo o procurador Carlos Fernando Lima, que integra a força-tarefa da Lava Jato, entre os imóveis investigados está o apartamento que pode ser de parente do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, preso desde abril de 2015. 

Na outra torre do mesmo condomínio, a OAS havia reservado um triplex para a família do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva Lula.

"Estamos investigando todos os apartamentos. Nenhuma pessoa em especial", disse o procurador.

A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (27) a 22ª segunda fase da Lava Jato, intitulada "Triplo X", que apuram suspeitas de corrupção, fraude, evasão de divisas e lavagem de dinheiro, entre outros crimes.

Os procuradores disseram que chegaram ao condomínio, entre outras razões, porque um dos imóveis era de propriedade da Murray, uma offshore aberta pela Mossack Fonseca, empresa internacional com escritório em São Paulo.

"Acreditamos que eram abertas contas no exterior, pela Mossack, para esquema de lavagem de dinheiro", diz o procurador Lima, ao afirmar que a empresa foi responsável por várias contas de pessoas investigadas na Lava Jato, como Renato Duque e Pedro Barusco.

Bancoop.

O condomínio Solaris teve a construção iniciada pela Bancoop (Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo), da qual Vaccari Neto foi diretor financeiro. Em crise financeira, a Bancoop transferiu o empreendimento para a empreiteira OAS, em 2009.

A OAS Empreendimentos, braço da empreiteira responsável pelas obras da Bancoop, também foi alvo da operação desta quarta.

De acordo com a PF, essa nova etapa da Lava Jato visa ocultar "o produto dos crimes de corrupção, notadamente recursos oriundos de delitos praticados no âmbito da Petrobras". 

Foram cumpridos seis mandados de prisão temporária (válida por cinco dias), dois de condução coercitiva e 15 de busca e apreensão. 

As diligências ocorreram nas cidades de São Paulo, Santo André, São Bernardo do Campo e Joaçaba (SC). 

Os presos serão levados para a Superintendência da PF no Paraná.

A publicitária Nelci Warken, que já prestou serviços na área de marketing para a Bancoop, foi presa. 

Ela é suspeita de ser uma das coordenadoras dos negócios da Murray. 

Também são procurados parentes de Warken e representantes da empresa que cuidou da abertura da offshore.

A PF apura se Warken usou a estrutura da Murray para ocultar patrimônio e lavar dinheiro em favor da cunhada dele, Marice Correa de Lima.

Promotoria.

Além da Lava Jato, a Promotoria de Justiça de São Paulo também apura os negócios da Bancoop.

O ex-presidente Lula é alvo de investigação sobre a legalidade da transferência de empreendimentos da cooperativa à OAS.

A Promotoria investiga se a empreiteira usou apartamentos do prédio para lavar dinheiro ou beneficiar pessoas indevidamente.

A OAS pagou por reformas feitas em 2014 no triplex reservado à família de Lula. 

As modificações incluem a instalação de um elevador privativo. Em novembro, a Folha revelou que a mulher de Lula, Marisa Letícia, havia desistido de ficar com o imóvel.

Outro lado.

Procurado pela reportagem, o advogado Edward Carvalho, um dos defensores da OAS, disse que ainda não teve acesso às razões da busca e criticou a condução dos mandatos. 

"Bastaria ter solicitado os documentos, e não fazer algo espalhafatoso assim", disse. 

A reportagem não conseguiu contato com a defesa de Vaccari Neto e com o Bancoop.
Fonte: Agência Brasil.

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