PRÉVIA DA INFLAÇÃO
OFICIAL FICA EM 0,6% EM MAIO, DIZ IBGE.
Em 12 meses, índice é o mais alto
desde janeiro de 2004.
De abril para maio, IPCA-15 passou de 1,07% para 0,6%.
O Índice de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15),
considerado uma prévia da inflação oficial, desacelerou e ficou em 0,6% em
maio, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (21) pelo Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (IBGE). Em abril, o índice atingiu 1,07% e em
abril do ano passado, 0,58%.
IPCA-15
EM 12 MESES (em %)
{6,416,516,496,626,626,426,466,697,367,98,228,24Jun
2014Jul 2014Ago 2014Set 2014Out 2014Nov 2014Dez 2014Jan 2015Fev 2015Mar 2015Abr
2015Mai 20150246810
Fonte:
IBGE
No acumulado em 12 meses, o indicador ficou em 8,24%,
o mais elevado desde janeiro de 2004 (8,46%) e bem acima do teto da meta de
inflação do Banco Central, que é de 6,5%.
O IPCA-15 de maio também está mais próximo da estimativa
mais recente dos economistas do mercado financeiro. Segundo o
boletim Focus, a perspectiva é de que o IPCA atinja 8,31% em 2015. O
comportamento do IPCA-15 em maio pode ser justificado pelo preço da energia
elétrica. De uma alta de 13,02% em abril, a variação passou para 1,41% no mês
seguinte. Por isso, o aumento de preços do grupo de gastos com habitação – um
dos que compõem o cálculo do IPCA – perdeu força, recuando de 3,66% para 0,85%.
Quem apresentou a maior variação de preços entre todos
os grupos analisados foi o de saúde e cuidados pessoais, com destaque para
produtos farmacêuticos, cujos preços foram influenciados pelo aumento anual de
preços autorizado em março pelo governo.
Os preços dos alimentos ficaram estáveis de abril para
maio (de 1,04% para 1,05%), com destaque para o tomate, que já foi considerado
vilão da inflação em outros períodos e subiu quase 20% no mês, cebola (18,83%)
e cenoura (10,45%), entre outros.
Na outra ponta, está o grupo dos transportes, que ao
contrário dos outros, teve queda de preços, de 0,45%. O resultado foi puxado
pela redução de 23,61% do valor das passagens aéreas. Também ficaram mais
baratos os combustíveis (-0,83%).
Na análise regional, a maior taxa partiu da região
metropolitana de Fortaleza (1,23%) e a menor, de Brasília (0,14%).
No ano, o indicador subiu para 5,23%, acima dos 3,51%
acumulados no mesmo período de 2014.
Fonte: O Globo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário