terça-feira, 5 de maio de 2015

COMENTÁRIO - SCARCELA JORGE - TERÇA-FEIRA, 5 DE MAIO DE 2015

COMENTÁRIO
Scarcela Jorge.


‘2 + 5: VOTO DE LEGENDA’ UM FATOR TRANSCEDENTE A REGRA RACIONAL.

Nobres:
Faz parte do imperativo da sua excelência a corrupção no País a forma de suas raízes para atender as ânsias de interesses bem corporativistas para introduzir no ordenamento político da nação centenas de excrescência como modelar entre outras. Exemplos seguidos fazem como que o eleitor, excelente massa de manobra, refém do político, para exercitar o seu voto, agregado na sistemática que vota em candidatos e é ripícola o voto à legenda. Logo, o partido deve escolher, para sua legenda, candidatos capazes de produzir votos. A escolha começa por “candidatos de categorias profissionais” (sindicatos, associações e similares, pois estes podem aglutinar os votos da corporação. A escolha continua com os “canditados de aparelho”. São os que contam com um instrumento de acesso à população: mídia (apresentadores de programas de televisão, jornalistas, radialista, etc.) e esporte. Nos anos de 1970, os partidos descobriram os pastores evangélicos que estão aí até hoje. Após, tem-se o “candidatos regionais”. A função é resolver problemas de sua base eleitoral e contam com o apoio dos grupos de interesse da região. Por fim, os “líderes partidários”. Os eleitos serão os mais votados da legenda do partido, até o limite das vagas conquistadas. Logo, a disputa será entre os canditados do mesmo partido e não com os candidatos dos outros partidos. Disso tudo decorrem questões: Os eleitos, excetuados os líderes partidários, devem ser leais aos eleitores que lhe deram o voto ou ao partido que lhes deu a legenda? Foram escolhidos pelos partidos porque tinham capacidade própria de serem votados, independente da legenda. É exigível dos eleitos de uma legenda recíproca lealdade, se é o integrante da mesma legenda que pode impedir a eleição de outro? O sistema assim posto induz os eleitos a compromissos com o Brasil? As grandes questões nacionais, nesse sistema, produzem votos? É um normativo do corporativismo e a sociedade deve intervir neste conceito, se assim for abrigada sua participação no processo de reforma política.

*Antônio Scarcela Jorge
Jornalista.

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