COMENTÁRIO
Scarcela Jorge.
POR UMA “ÉTICA” EXECRANDA.
Nobres:
É inegável por parte da “religiosidade” da maioria do
PT e segmentos adeptos, que primam pela mentira aliada às ações da roubalheira
promovida neste país, tentam justificar com agressividade e deselegância
típicas de certa militância cega pela ideologia, um dos seus deputados
conhecido pelo segmento da sociedade racional e ética do setor, como sendo naturalmente
corrupto e de sorte não foi preso em função de sua reconhecida potencialidade
na intransponível rede corrupta que no momento impera forças no seio do poder;
tenta jogar os argumentos na mesma cova em que o PT enterra o país há 12 anos.
E repete a postura típica dos militantes de esquerda, que se acreditam
moralmente superior a todos aqueles que não professam sua ideologia. Segundo as suas intempestivas palavras, “plagiando”
a certo “filósofo” que a corrupção no Brasil é histórica, endêmica e
capilarizada. Está correto. Mas isso não quer dizer que não deva ser combatida
de forma implacável onde estiver e de que modelo for, e que seus responsáveis
sejam condenados pela Justiça. Se for verdadeira a tese de que a corrupção é
histórica, endêmica e capilarizada no país, não é menor a verdade de que ela
nunca foi praticada em dose cavalar como nesta dúzia de anos de governo
petista, como se o PT fosse um formigueiro de agentes desta prática. Nunca a corrupção
foi praticada em dose cavalar como nesta dúzia de anos de governo petista. Os
níveis de corrupção nunca antes vistos na história deste país são resultado do
aparelhamento da máquina estatal pelas forças do partido no poder,
aparelhamento este voltado a um projeto de eternização no poder. Trata-se de um
projeto ideológico característico do populismo que assola vários países da
América Latina, cujo exemplo mais grave é a Venezuela, onde a degradação
institucional atinge níveis alarmantes. O
deputado petista deveria, em vez de atacar ferozmente o empresariado, uma das
principais forças motrizes deste país, preocupar-se com a ética, absolutamente
proscrita da cartilha petista, que, às vésperas de eleições, aconselha seus
filiados e candidatos a não relutar em buscar recursos, estejam onde estiverem,
e que sejam incorporados da forma que for legal ou ilegalmente. Isso apesar da
política econômica desastrosa adotada pelos petistas, que empurrou o país a ter
6,2% de desemprego em março, a maior taxa desde maio de 2011. O rendimento
médio real dos trabalhadores em março teve queda de 2,8%, já descontados os
efeitos da inflação, segundo o IBGE. As contas do governo bravamente defendido
por esse deputado tiveram o pior resultado em um primeiro trimestre em 17 anos,
com queda de 65,8%, sem falar no baixíssimo crescimento do PIB e nas altas
taxas de juros. Esse desastre econômico, que recai sobre todos os brasileiros
com ímpeto avassalador e, da mesma forma, sobre os empreendedores, ironicamente
desprezados e acusados pelo deputado petista, se dá paralelamente a uma onda de
revelações de corrupção em todos os níveis de seu partido e na máquina
governamental, feitas pela imprensa que o parlamentar e seus companheiros
chamam de “mídia golpista”. Não é a mídia que é golpista. Não é a classe
empresarial que é hipócrita e corrupta. O deputado deveria, sim, olhar o seu quintal:
o quintal do seu partido e que insistisse em continuar pelas práticas corruptas
promovidas em sua ação e se resguardar em função do tempo, que jamais se
eternizará.
*Antônio Scarcela Jorge
Jornalista.
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