COMENTÁRIO
Scarcela Jorge.
CARAMINHOLA CORRESPONDENTE.
Nobres:
Há precisamente um ano, em plena campanha eleitoral
para a reeleição, a presidente Dilma Rousseff afirmou que o Brasil havia virado
definitivamente a página da ameaça constante de desemprego, exibindo uma das
menores taxas do mundo e da própria história. Na ocasião, o governo alardeava
que o baixo desemprego era resultado de sua política econômica, ainda que o
cenário já apontasse para a paralisação do crescimento e para o aceleramento da
inflação. Não durou muito a euforia motivada por apostas equivocadas no consumo
interno e no intervencionismo econômico medidas de relativo sucesso no curto
prazo, mas incompatíveis com a estagnação econômica. Agora, em pleno ajuste
fiscal, o país se confronta com o crescimento galopante do desemprego, já
visível na indústria automobilística, que dá férias coletivas e promove
programas de demissão voluntária na tentativa desesperada de adiar a catástrofe
motivada pela retração do consumo. Já não se sustenta o discurso do governo de
que os brasileiros enfrentariam o processo de ajuste econômico com carteira de
trabalho assinada e poder de compra preservada. No primeiro trimestre deste
ano, a taxa de desemprego registrou o preocupante percentual 7,9%, o maior
nível desde os 8% registrados no primeiro trimestre de 2013, segundo a Pesquisa
Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) contínua, divulgada pelo IBGE. Essa
medição se torna mais assustadora quando focada no público jovem, que registra
17,6% como taxa de desemprego. Por isso, é urgente que o governo, ao mesmo
tempo em que apresenta projetos para equilibrar as contas públicas, também
ofereça ao país uma política de emprego, centrada especialmente na qualificação
e nos estímulos para que os pretendentes a ingresso no mercado de trabalho
alcancem seus objetivos. O desemprego é o fator mais cruel da degradação
social. Desempregado não consome sem consumo, o comércio não vende e a
indústria produz menos, como já se percebe com clareza no setor
automobilístico. Toda a cadeia produtiva fica comprometida, com reflexos no
sistema educacional, na saúde e na segurança. Trata-se, portanto, de uma ameaça
real e iminente, que precisa ser enfrentada com coragem e criatividade pelos
governantes e pela sociedade. Por outro lado, milhões da “religiosidade”
Lulista se conclamam por este é o país bem administrado, o exemplo de um país
que preserva a maior unidade revencial da economia do mundo.
*Antônio Scarcela Jorge
Jornalista.
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