SENADO APROVA
INDICAÇÃO DE FACHIN PARA OCUPAR VAGA NO STF.
Vaga
será preenchida quase dez meses após a aposentadoria de ex-ministro Joaquim
Barbosa.
O plenário do Senado aprovou nesta terça-feira (19),
por 52 votos favoráveis e 27 contrários, a indicação de Luiz Edson Fachin para
ocupar a vaga do STF (Supremo Tribunal Federal) deixada pelo ex-ministro e
ex-presidente da Corte Joaquim Barbosa, que se aposentou em julho de 2014.
A votação foi secreta e, por isso, não é possível
confirmar eventuais traições ao governo nem parlamentares da oposição que já
eram favoráveis ao nome de Fachin — caso do senador Álvaro Dias (PSDB-PR), por
exemplo. Havia 79 senadores no plenário, portanto não houve abstenção.
Para chegar à mais alta Corte do País, o jurista
precisava de 41 votos dos 81 possíveis.
Após 11 horas de sabatina na última terça-feira (12),
a CCJ (Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania) do Senado aprovou o nome de Fachin por 20 votos a 7.
Nascido em 8 de fevereiro de 1958 no Rio Grande do
Sul, Fachin é professor da UFPR e sócio do escritório Fachin Advogados
Associados.
Fachin tem graduação em direito pela UFPR (1980),
mestrado e doutorado em direito pela PUC-SP (1986 e 1991, respectivamente) e
fez pós-doutorado no Canadá. Foi pesquisador convidado do Instituto Max Planck,
de Hamburgo (Alemanha), e professor visitante do King´s College (Reino Unido).
Embaixador.
Mais cedo, em votação apertada, o plenário do Senado
rejeitou, por 38 votos contrários e 37 favoráveis, o nome de Guilherme de
Aguiar Patriota para a OEA (Organização dos Estados Americanos).
Guilherme é irmão do ex-ministro das Relações
Exteriores Antonio Patriota e havia sido indicada para o cargo pela presidente
da República, Dilma Rousseff.
O senador Lindberg Farias (PT-RJ) afirmou que o
resultado da votação foi “lamentável” e que se tratou de uma “disputa
política”.
Essa será a primeira vez que um diplomata de carreira
terá seu nome rejeitado pelo Senado.
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL),
rebateu as críticas defendendo a posição do colegiado e afirmando que a decisão
deveria ser respeitada.
Se a aprovação fosse automática, não precisaríamos
fazer sabatina e submeter a votação ao plenário.
Fonte: R7.
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