quarta-feira, 20 de maio de 2015

COMENTÁRIO - SCARCELA JORGE - QUARTA-FEIRA, 20 DE MAIO DE 2015

­­­COMENTÁRIO­
Scarcela Jorge.

BRASIL ORDINÁRIO EXTRAORDINÁRIO.


Nobres:
É deveras lamentável para sociedade honesta em relação ao estado deprimente da política onde o padrão e o mérito é ser ladrão em alguns segmentos majoritário da categoria. “Somos o Brasil partido em dois”. Tudo é dúplice: o que vale para uns, vale só para alguns. A última terça-feira, véspera de 13 de maio, foi o dia emblemático desse dualismo. Parecia até que voltávamos ao tempo da escravatura, com chibata para quem trabalha e benevolência para o malfeitor ou seus crimes. Em contrapartida, a CPI da Câmara dos Deputados que investiga o escândalo da Petrobras, indagou a doleira Nelma Kodama (já condenada a 18 anos de prisão) como se fosse uma estrela de Hollywood. Sorridente, a cabeça raspada (que dificultava ser reconhecida pela TV), ela ditou regras e comandou a festa. Contou até sobre os três anos em que foi amante do doleiro-mor Alberto Youssef, com quem movimentou R$ 221 milhões roubados à Petrobras. Para autenticar o relato, cantou a canção amorosa que o casal partilhava na alcova. E a festa cresceu: a TV mostrou alguns deputados cantarolando com ela, em íntima parceria. Dona do ambiente, a musa-doleira levantou-se, inclinou-se sobre os seios fartos e, curvada, escancarou o traseiro e disse: “Aqui nos bolsos eu levava o dinheiro. Não na calcinha”. Nelma foi presa pela Polícia Federal ao tentar embarcar para a Itália com 200 mil euros na calcinha. Um circo perfeito onde fizeram o povo brasileiro palhaço deste espetáculo.

Antônio Scarcela Jorge.

Nenhum comentário:

Postar um comentário