AÉCIO DIZ QUE IRÁ REVER
DECISÕES RECENTES DE DILMA RELATIVAS À PETROBRAS.
O candidato do PSDB à Presidência
da República, Aécio Neves, criticou decisões "açodadas e equivocadas"
quem vêm sendo tomadas pela presidente Dilma Rousseff, como a antecipação do
óleo excedente da cessão onerosa para a Petrobras, e prometeu revisá-las em um
eventual governo tucano.
“Vamos discutir a luz do dia, e
não nas madrugadas insones do governo, medidas que sejam mais eficazes para o
país e a própria Petrobras”, disse ele a jornalistas no Rio de Janeiro.
No fim do mês passado, o governo
federal decidiu contratar diretamente a Petrobras para explorar o óleo
excedente em quatro áreas da chamada cessão onerosa, no pré-sal, o que deve
garantir à estatais reservas adicionais entre 10 bilhões e 15 bilhões de barris.
A Petrobras terá que desembolsar 15 bilhões de reais em bônus e antecipações
para explorar as áreas, o que levou o mercado a criticar a decisão.
O tucano acrescentou que o
governo petista tem sido marcado nesse último ano de mandato de Dilma por
“improvisos” e “sem avaliação racional” de suas consequências.
“Algumas delas inclusive em
relação a Petrobras. Vamos ter calma para avaliar cada uma delas.”
O candidato do PSDB recebeu do
coordenador do programa de governo, o ex-governador de Minas Gerais Antonio
Anastasia, as diretrizes do programa tucano. “Nas nossas diretrizes vocês
poderão ver alguma coisa sobre Petrobras também”, destacou ele sem entrar em
detalhes. O documento será protocolado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no
próximo sábado.
As diretrizes visam, segundo
Anastasia, melhorar o bem estar social da população e incluiu a realização de
reformas, como tributária, segurança pública, política e de infraestrutura.
Segundo o PSDB, as diretrizes não
são imutáveis e haverá um canal para que a sociedade possa fazer propostas e
sugestões.
DATAFOLHA
O candidato do PSDB minimizou o
avanço da presidente Dilma Rousseff na pesquisa divulgada pelo Datafolha nesta
quinta-feira.
No levantamento realizado nesta
semana, Dilma foi a 38 por cento das intenções de voto, 4 pontos percentuais a
mais do que um mês atrás, enquanto Aécio oscilou 1 ponto para cima, a 20 por
cento. Em terceiro lugar na pesquisa aparece Eduardo Campos, candidato do PSB,
que passou para 9 por cento, ante os 7 por cento de junho, variando exatamente
os 2 pontos percentuais da margem de erro da pesquisa.
O levantamento também mostrou
leve piora na margem pela qual Dilma venceria seus adversários num eventual
segundo turno. Em junho, ela bateria Aécio por 46 a 38 por cento, agora por 46
a 39 por cento. Contra Eduardo Campos (PSB) ela venceria por 48 a 35 por cento,
ante 47 a 32 por cento no mês passando.
“Não vejo avanço dela e o que se
vê é um estreitamento da diferença no segundo turno, mesmo ela tendo mais
conhecimento que a oposição”, afirmou ele
"O resultado foi
extremamente favorável, especialmente no aspecto que houve diminuição dos votos
brancos e nulos, e assegura a realização do segundo turno”, disse o tucano.
O desempenho de Dilma pode estar
ligado a uma melhora no humor da população com a Copa do Mundo, também
detectada pelo Datafolha. O candidato tucano insistiu que uma eventual
conquista da Copa do Mundo pela seleção brasileira não afetará o humor e as
intenções de voto do eleitorado.
“Não muda absolutamente nada.
Vamos torcer para que o Brasil vença a Copa e para que o Brasil possa vencer em
5 de outubro com o fim desse governo que faz tão mal ao país”, adicionou.
Fonte: Reuters.
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