“Isonomia posta em questão”.
Após
denúncia de regalia, Delúbio volta ao presídio.

Os benefícios foram suspensos pelo juiz Bruno André
Silva Ribeiro, da Vara de Execuções Penais (VEP) do Distrito Federal, até que
se apure a denúncia feita pelo Ministério Público do Distrito Federal de que o
ex-tesoureiro, um dos condenados no julgamento do mensalão, estava sendo
tratado com regalias no Centro de Progressão Penitenciária.
Só após ouvir Delúbio, em videoconferência, o juiz
decidirá se mantém ou não a suspensão ao trabalho externo. Os promotores alegam
que foi servida uma feijoada aos presos da ala onde o petista cumpre pena de
seis anos e oito meses de prisão pelo crime de corrupção ativa.
O Ministério Público também questiona supostos
privilégios no Centro de Internamento e Reeducação (CIR), onde está preso o
ex-ministro da Casa Civil José Dirceu. Os promotores sustentam que os
condenados do mensalão têm recebido visitas fora dos dias permitidos e
alimentação diferenciada.
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Na quinta-feira, por seis votos a
cinco, o Supremo Tribunal Federal derrubou as condenações de oito réus do
mensalão por formação de quadrilha. Entre os beneficiados pela decisão estão
Delúbio Soares. A decisão, obtida por meio de recursos, foi selada pelas
posições de dois novos magistrados que passaram a integrar a Corte após a
primeira parte do julgamento, em 2012, quando a maioria dos ministros havia
optado pela condenação.
A mudança derruba a tese da
Procuradoria-Geral da República segundo a qual José Dirceu foi “chefe de
quadrilha” quando comandou a Casa Civil do Palácio do Planalto no primeiro
mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Dirceu e o ex-tesoureiro do
PT Delúbio Soares também se livram, agora, do regime fechado de prisão.
Condenados por corrupção ativa, crime para o qual não cabe mais recurso,
poderão deixar a cadeia onde cumprem pena no semiaberto ainda durante este ano.
Reação
Ontem, a assessoria do ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ), que cumpre pena deste a noite da última segunda-feira, 24, no Instituto Penal Coronel PM Francisco Spargoli Rocha, em Niterói (região metropolitana), ironizou, no Twitter, a notícia de que presos do mensalão que estão na Penitenciária da Papuda, em Brasília, têm regalias e tiveram direito a uma feijoada, não servida a outros detentos.
Fonte: Agência Brasil.
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