Enquanto a presidente Dilma
Rousseff articula as nomeações dos ministérios para conter a crise com a base
aliada em nível nacional, no Ceará, o PT ainda deve resolver pendências com
aliados. Assim como a disputa para o governo do Estado, que segue indefinida, o
pleito para concorrer ao Senado também levanta questionamentos.
Segundo o presidente estadual da
sigla, De Assis Diniz, já é de entendimento interno lançar a candidatura do
deputado José Nobre Guimarães, para a disputa ao Senado. A tese contraria a pretensão
do aliado PCdoB, que defende a reeleição do senador Inácio Arruda.
"É legítimo, por sua
história, que Inácio Arruda queira pleitear o cargo de senador, que ele já
ocupa por dois mandatos. Da mesma forma, o PT também tem legitimidade e força
política para lançar candidatura própria", avalia o deputado Antônio
Carlos. "Acho difícil o PT desistir de lançar essa candidatura".
Conforme o pensamento do PT, caso
os interesses do PCdoB em nível nacional sejam atendidos, é aberta a
possibilidade de os comunistas cederem no Ceará. "O PCdoB é um partido
nacional e esse debate acontece a esse nível", pondera Assis Diniz. Ele
acrescenta que, no âmbito da reforma ministerial feita por Dilma, o partido
"já estava acomodado e contemplado".
Governo
Enquanto o cenário para o governo
não é definido, o PT ainda trabalha - oficialmente - com a tese de candidatura
única em aliança com o PMDB e o PROS, mesmo com sinais de racha na base. O PMDB
aposta na candidatura de Eunício Oliveira e, para o deputado Daniel Oliveira,
caso a aliança não prossiga, outros cenários serão avaliados. "É aguardar
o sentimento do governador Cid. Temos a ideia primordial de ter o apoio do
governador, mas não tê-lo não é um fato que possa tirar a candidatura do
Eunício", aponta.
O parlamentar ressalta que o
senador tem muita proximidade com a presidente Dilma e com Lula, o que deverá
manter a aliança com o PT. "Essa proximidade vai pactuar na questão de uma
coligação", defende. "Embora alguns dos petistas estejam fortalecidos
com uma bandeira única, nada está firmado e vamos tentar ter uma aliança".
Enquanto Dedé Teixeira (PT)
avalia que o cenário eleitoral no Estado precisa de mais tempo para encontrar a
melhor situação para os dois partidos, Antônio Carlos (PT) continua a defender
a tese da candidatura própria ao Governo.
Fonte: DN.
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