COMENTÁRIO
Scarcela Jorge.
MAZELAS DA REELEIÇÃO.
Nobres:
O nosso argumento crítico em
relação a política em nosso país, são”
classicamente” manifestadas sobre a necessidade urgente em se fazer uma reforma
política em nosso sistema eleitoral. Entre os diversos pontos dessa reforma, seria
o fim da reeleição, por pensar que ele de todos os males e vícios danosos de
nosso sistema é o pior. As eleições municipais evidenciaram essa questão de
forma explicita. “Arrogo para nossa
lavra” tendo como base os dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), das 5564
municipalidades existentes em nosso país, mais de 70% delas onde seus prefeitos
tentaram a reeleição obtiveram sucesso na prorrogação de seus mandatos. Esse
dado demonstra que o uso da máquina administrativa é uma realidade. Não que não
existisse essa prática, mas ela foi aprofundada com o processo de reeleição.
Esse sistema funciona hoje como um grande referendo. Os gestores quando assumem
seus cargos, na maioria dos casos já estão pensando em suas reeleições, por
isso solicitam através das eleições referendo para avaliar a sua administração
e solicitar junto aos eleitores uma autorização para continuar seus respectivos
mandatos. A reeleição trouxe consigo um
atraso para a nossa política. Além disso, diminuiu a rotatividade de nossos
candidatos, fortaleceu os caciques partidários, alimentou a corrupção. - No
cotidiano da administração é diretamente afetada em que os gestores quando tem
o pensamento “uno” em reeleição não conseguem conciliar seu cargo com o de “um
permanente candidato”. O último ano de mandato é só para a utilização da
máquina e se aproveitar do atual cargo. O processo eleitoral se evidencia em
cidades pequenas, As eleições nessas municipalidades, sempre polarizadas, candidatos
com reais chances de vitória. Nessas cidades, o uso da máquina é descarado,
para todo mundo vê. Além do abuso do poder econômico, pois esses candidatos na
esmagadora maioria dos casos são promovidos “da estranha força do poder econômico”
nem mesmo sabemos como fonte é procedente para promover a compra de votos, se
utilizando da pobreza e baixa renda existentes desses locais e ainda mais onde
segmentos se compartilham dessa ação delituosa que geralmente passa aberto a
atenção a quem é de direito, destoando o âmbito de sua competência. Nesses
municípios o que há de mais atrasado e retrógrado na cena política brasileira
se faz presente - a compra de voto - estabelecendo mais um novo cenário do
processo político. Por esta razão: o sistema eleitoral em um modelo ou forma
mais democrática é novo, tem apenas 20 anos, instrumentos como a reeleição ainda
mais na forma de como foi instaurada via medida provisória. No momento de implementação
da reeleição, ficou evidente que estava servindo de interesses de alguns, o que
socializou depois para os demais candidatos. Por isso reafirmamos que a mão de
todas as reformas é sem dúvida a política, que poderá restabelecer o princípio
ético da nação extinguindo mazelas como esta que se faz presença em prol do
forte poder da corrupção, entre outros segmentos de políticos “tidos
maquiavélicos e sabidos” de prontidão para lançar em seus laboratórios de
fabricação, no sentido de contrapor á ética de maneira especial.
Antônio Scarcela Jorge.
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