sábado, 22 de março de 2014

DEPUTADO CONDENADO PELO STF.

 CONDENADO, ASDRÚBAL BENTES DIZ, AGORA, QUE FARÁ CONSULTA PARA DECIDIR RENÚNCIA.

BRASÍLIA, DF - Um dia após sustentar que não pensava em renunciar ao mandato mesmo com a prisão decretada pelo STF (Supremo Tribunal Federal), o deputado Asdrúbal Bentes (PMDB-PA) mudou o discurso hoje e disse que vai fazer consultas aos líderes da Casa e a sua família para decidir seu futuro político. Ele afirmou à reportagem que vai começar as sondagens na segunda-feira, quando retorna para Brasília. Ontem, o STF analisou recurso apresentado pelo deputado, condenado na corte em 2011, e manteve a sua sentença de 3 anos e 1 mês de prisão, em regime aberto na prática, ele terá de ficar em casa nos fins de semana e feriados e entre as 21h e as 5h nos dias úteis. Segundo o Ministério Público, ele pagou laqueaduras - cirurgia para que mulheres não possam mais ter filhos - em troca de votos nas eleições municipais de 2004.

"Não quero fazer nada de forma precipitada. Vou consultar as lideranças, vou consultar o partido, vou consultar minha família para decidir o que vou fazer. Quero amadurecer todas as ideias antes de decidir", disse Bentes. A Câmara dos Deputados ainda não foi comunicada oficialmente pelo Supremo sobre o pedido de prisão do congressista. Após receber o informe do tribunal, a cúpula da Câmara vai marcar uma reunião para decidir sobre a abertura do processo de cassação, pois a Constituição prevê a perda do mandato em caso de sentença criminal. Nos bastidores, integrantes do comando da Câmara admitem que o caso provoque constrangimento ao Legislativo. Alguns parlamentares defendem que ocorra um movimento para pressionar Bentes a renunciar para evitar o desgaste de um processo de cassação e também para a imagem da instituição.  Se o processo de perda de mandato for iniciado, ele terá que ser votado pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) e, se aprovado, segue para o plenário, precisando de 257 votos para a cassação. A votação é aberta.  Bentes é o sexto parlamentar sentenciado à prisão pelo STF desde a Constituição de 1988. O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), evitou polemizar. "Parlamentar experiente, ele saberá, ouvindo seus amigos, tomar a melhor decisão. A Câmara cumprirá o seu dever regimental no trato da questão", disse.  
Fonte: - Folhapress.


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