OPINIÃO DIÁRIO DO NORDESTE.
COLUNA – IDÉIAS.
05.03.2014
Participação
Novos conceitos são defendidos,
como postulados democráticos e republicanos. É a crescente participação popular
em assuntos antes estranhos aos cidadãos. É o movimento pela adoção do
orçamento participativo, onde a prioridade dos investimentos seria tratada com
a comunidade. O direito, ainda não efetivado, de o eleitor cassar o mandato do
candidato eleito, quando este não corresponder às promessas de campanha. A
Justiça também é questionada, não só quanto à morosidade das decisões, mas
quanto à forma de provimento dos cargos nos tribunais superiores. A prática do
concurso público é defendida como regra geral, e não excepcional. O povo já sai
às ruas, para gritar por mudanças, e em razão da grita foram adotadas algumas
medidas maquiadoras da realidade política, entre estas o voto aberto para
cassação de mandatos. Neste diapasão, surge agora movimento sob o lema
“Conselheiro - Cidadão”, visando modificar o sistema hoje adotado pelo Poder
Legislativo de indicar quatro deputados de sua escolha, em final de carreira ou
não, para ocupar o importante cargo de conselheiro nos tribunais de contas.
Advogam os autores da campanha a adoção de um sistema democrático de escolha,
quanto às vagas destinadas às assembleias, excepcionadas a do Ministério
Público, a dos auditores e uma vaga de livre escolha do governador. As vagas do
Legislativo seriam universalizadas aos interessados, e não apenas aos
deputados, e teriam como baliza a experiência curricular. É uma proposta
inovadora, cercada de empecilhos, pois não é fácil conquistar espaços em instâncias
de grande poder político.
Eduardo Fontes.
Jornalista e administrador.
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