O ex-presidente Luiz Inácio Lula
da Silva e a atual, Dilma
Rousseff, reuniram-se na tarde desta quarta-feira, na capital paulista, para
definir a equipe que coordenará sua campanha à reeleição em 2014. A ideia é
fazer a primeira reunião de organização ainda este ano, segundo afirma fonte do
PT. A presidenta participou da sessão solene do Conselho Universitário da
Universidade Federal do ABC para entrega do título Doutor Honoris Causa
ao ex-presidente Lula, em São Bernardo do Campo.
De antemão, os nomes já definidos
são o do ministro da Educação, Aloizio Mercadante; do presidente nacional do
PT, Rui Falcão; do chefe de gabinete da Presidência, Giles Azevedo, além do
próprio Lula e do publicitário João Santana.
Quem também entrou para a equipe foi o deputado estadual Edinho Silva,
presidente estadual do PT de São Paulo, por uma escolha direta da presidenta.
Há duas semanas, quando almoçavam juntos por ocasião de uma homenagem ao ex-presidente
João Goulart, Lula perguntou à Dilma quem ela gostaria que integrasse a
coordenação da campanha, ao que ela respondeu, prontamente:
O convite foi anunciado por
Mercadante, após ligar para o presidente do PT paulista e confirmar a escolha
de Dilma. Edinho, cujo nome era defendido por Lula para ocupar a
Secretaria Nacional de Organização do PT, foi imediatamente incorporado ao
grupo. Ele participou das reunião com Lula, Dilma, Mercadante, Azevedo, Falcão
e as direções do PP e PMDB no final de semana e tem opinado nos rascunhos da
estratégia de campanha.
Embora Dilma e Lula não tenham
definido quem protagoniza o quê, o desenho inicial será traçado em uma primeira
reunião de organização, ainda esta semana mas a morte do governador de Sergipe,
Marcelo Déda (PT), um dos nomes mais admirados do PT, na terça-feira, obrigou a
presidente a mudar os planos.
Outra novidade será o anúncio,
nas próximas horas, do ex-ministro da Comunicação Franklin Martins no lugar da
atual ministra Helena Chagas, na equipe de campanha. Ainda segundo a fonte, o
ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, deverá ser o único remanescente dos
“três porquinhos”, como ficou conhecido o núcleo duro da campanha de Dilma em
2010 que contava com José Eduardo Dutra e Antonio Palocci.
Alianças estaduais
Em um pedido direto do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva aos dirigentes estaduais do PT, eleitos
no Processo de Eleições Diretas (PED), em novembro, a legenda tentará
reproduzir nos Estados, ao máximo, a aliança nacional com o PMDB. Lula
adiantou, durante reunião em São Paulo, que a prioridade do PT no ano que vem é
a reeleição da presidente Dilma Rousseff.
A orientação do ex-presidente é
para que os Estados tomem cuidado na hora de definir as estratégias para não
atrapalhar aliança nacional. O conselho foi dado a 24 presidentes recém-eleitos
de diretórios estaduais do partido. O presidente do PT, Rui Falcão, que também
participou do encontro, reiterou que o apoio prioritário é para Dilma.
– Não é que eles (PMDB) tenham
que apoiar nossos candidatos, eles têm que apoiar a Dilma – esclareceu.
No Rio, esta determinação
enfraqueceu a posição do senador Lindbergh Farias (RJ), que tenta viabilizar
sua candidatura ao governo do Estado, contra a candidatura de Luiz Pezão, do
PMDB. Ele teria uma conversa com Lula nesta segunda-feira, mas o encontro foi
desmarcado após a notícias da morte do governador Marcelo Déda.
Lula saiu mais cedo do encontro e
fez um informe rápido sobre a reunião de sábado na Granja do Torto com a cúpula
peemedebista. Durante sua fala, o ex-presidente também fez críticas ao PMDB.
Disse que o partido não se esforça para apoiar o PT em alguns Estados, como
Bahia, Pernambuco e Rio Grande do Sul. O ex-presidente também ressaltou que
entende realidades locais como a do Rio de Janeiro e tratou a candidatura no
Estado como legítima.
Fonte: Folhapress.
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