A presidente Dilma Rousseff participou
nesta terça-feira (17) da inauguração da plataforma P-62, primeira obra dessa
modalidade realizada em Ipojuca (PE). Durante quase três anos, cerca de 5 mil
trabalhadores ergueram uma estrutura de mais de 60 mil toneladas, 330 metros de
comprimento e 119 metros de altura, com capacidade para 110 pessoas e que terá
capacidade de produzir 180 mil barris de petróleo e 6 milhões de m³ de gás
quando estiver em operação no campo de Roncador, na Bacia de Campos.
A plataforma P-62 é a nona da
Petrobras entregue este ano. Dilma lembrou que foram entregues três navios
petroleiros e contratados outros 19, além de seis sondas de perfuração.
“Participo de solenidade da conclusão da plataforma P62, equipamento para
exploração de petróleo em águas profundas. Nesses onze anos, fizemos renascer a
indústria naval. Hoje, 79 mil homens e mulheres trabalham nos estaleiros
nacionais”, afirmou Dilma, que ainda destacou que 63% da P-62 teve produção
nacional.
A cerimônia teve a presença da
presidente da Petrobras, Graça Foster, do ministro de Minas e Energia, Edison
Lobão, e do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, candidato declarado à
Presidência da República pelo PSB. Dilma e Campos trocaram poucas palavras
durante o evento, mas o clima foi amistoso. Campos afirmou que ele e Dilma
sabem separar o interesse público e a disputa política. "Temos consciência
de que para alguns este poderia ser um momento diferente do que está sendo.
Poderia ser entendido como um encontro entre quadros políticos que amanhã
poderão viver legitimamente uma disputa democrática. Mas não. Esse é um
encontro entre uma presidenta eleita democraticamente pelo povo brasileiro e um
governador eleito pelo seu povo, que sabem o tamanho da institucionalidade, que
sabem o dever que têm pelo Brasil e que sabem separar o interesse público e o
interesse pela disputa política", disse Campos.
O governador ressaltou ainda o
respeito pela presidente: "sempre fiz esse registro de público e faço
questão de reiterá-lo nessas circunstâncias".
Dilma agradeceu a 'recepção
fraterna e o alto nível das relações que sempre pautaram a convivência de
ambos'.
Esta foi a primeira visita da
presidente a Pernambuco desde o anúncio da aliança de Campos com Marina Silva,
no início de outubro.
Mais cedo, Dilma Rousseff visitou
a refinaria Abreu e Lima, localizada no Complexo Portuário de Suape, em
Pernambuco.
Quando estiver em funcionamento,
terá capacidade de processar 230 mil barris por dia de petróleo pesado,
produzindo derivados para comercialização. A taxa de conversão de óleo cru em
diesel será de aproximadamente 70%, o que fará da refinaria a maior unidade
operacional da Petrobras nessa atividade.
“Nós estamos dando mais um passo
para que o nosso país seja um grande produtor e um grande transformador de
petróleo. Eu vim aqui para comemorar com vocês o dia em que nós estamos
começando o processo de comissionamento desta unidade, que está totalmente
pronta. Que vocês que contribuíram para a construção dessa grande refinaria vão
contribuir para construção de outros projetos”, afirmou Dilma.
As obras estão em ritmo
acelerado, com mais de 80% de execução e previsão de partida do primeiro trem
de refino em novembro de 2014 e do segundo trem em maio de 2015. Os recursos
são oriundos do Plano de Aceleração do Crescimento e a obra gerou mais de 44
mil empregos diretos.
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