BRASÍLIA - O presidente do
Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), deverá devolver o valor gasto com o uso de
avião da Força Aérea Brasileira (FAB) em seu deslocamento de Brasília para
Recife na última quarta-feira, dia 18, segundo informou sua assessoria de
imprensa. Renan viajou para a capital de Pernambuco com o objetivo de fazer um
implante de cabelo e não tinha compromissos oficiais naquela data.
De acordo com dados do site da
FAB, o presidente do Senado saiu de Brasília às 22h15 e chegou a seu destino às
23h30. A aeronave levou outros quatro passageiros, provavelmente convidados de
Renan, uma vez que não há registros de que o voo tenha sido compartilhado. O
senador informou à FAB que a viagem era "a serviço". O uso da avião
da FAB para fins particulares foi revelado hoje pela coluna Painel, do jornal
Folha de S. Paulo.
Um voo de Brasília para Recife,
em avião comercial, nessa alta temporada, custa no mínimo R$ 1 mil. A FAB ainda
não divulgou se Renan também usou a aeronave da Força para retornar de Recife a
Maceió, onde tem casa.
É a segunda vez neste ano que o
presidente do Senado utiliza um avião da FAB em compromissos particulares. Em
junho, ele pegou carona para ir ao casamento da filha do líder do governo no
Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), em Trancoso, Bahia. Após o fato ser revelado
pela imprensa, Renan devolveu o dinheiro aos cofres públicos.
Ministros do governo Dilma e
outras autoridades mantém o hábito de usar os aviões da FAB para retornar a
seus Estados, embora um decreto de 2009, assinado pelo então presidente Luiz
Inácio Lula da Silva, autorize o uso de voos comerciais em deslocamentos para
casa. Para evitar mais gastos, a presidente Dilma Rousseff já orientou
ministros que moram nos mesmos Estados a compartilharem os voos da FAB em suas
viagens de ida e volta para Brasília.
Na última quinta-feira, 19, das
10 viagens registradas no site da FAB, seis levaram ministros e o presidente da
Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), para os Estados onde mantém
residências. O site da FAB diz que essas viagens foram "a serviço".
Fonte: Agência Brasil.
OPINIÃO:
É estandardizado para atos corruptos,
o “oxigênio” da sua vida.
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