Com a proximidade do Natal, o
Papa Francisco pediu às autoridades políticas e aos serviços sociais do mundo
inteiro para “fazer todos os possíveis para que todas as famílias possam ter um
lar”.
O pontífice falou de uma janela
do palácio do Vaticano para dezenas de milhares de fiéis, todos prontos para
ouvir o Angelus na Praça de São Pedro.
Francisco acabou por improvisar,
deixando de lado o texto que tinha à sua frente. “Vejo lá em baixo, escrito em
letras gordas [numa grande bandeira]: Os pobres não podem esperar! É muito
bonito”, disse, recebendo um forte aplauso.
"Isto faz-me pensar que
Jesus nasceu num estábulo, e não numa casa. Depois teve que fugir, ir para o
Egipto para salvar a sua vida. E por fim, ele voltou a Nazaré”, disse o Papa,
que antes já tinha lançado um longo elogio a José, o marido da Virgem Maria,
que teve a grande coragem de aceitar o seu destino e depositou a sua confiança
em Deus.
“Há tantas famílias sem casa,
seja porque nunca a tiveram ou porque a perderam por um sem número de motivos
diversos. Família e casa são indissociáveis. É muito difícil conduzir uma
família sem antes existir uma casa”, denunciou o pontífice, sempre muito atento
às questões sociais desde que sucedeu a Bento XVI.
Por isso, convidou “todas as
pessoas, os serviços sociais, as autoridades, a fazerem tudo o que for possível
para que todas as famílias possam ter uma casa”
O Papa também tinha uma palavra
para as dezenas de manifestantes que se juntaram na Praça de São Pedro para
protestar contra as políticas de austeridade, pedindo-lhes para recusar o
confronto. Um dispositivo da polícia italiana estava montado junto ao Vaticano,
como medida de precaução.
“Àqueles que em Itália se
juntaram hoje para manifestar o seu empenho social, eu desejo que dêem uma
contribuição positiva, rejeitando as tentações de confronto e violência,
servindo-se sempre da via do diálogo e defendendo os direitos das pessoas”,
disse Francisco.
Estes manifestantes, conhecidos
como os “forconi”, um movimento que junta comerciantes, artistas, agricultores,
trabalhadores precários e estudantes, organizaram outros protestos em Roma ao
longo da semana que passou, mas não conseguiram mobilizar tantas pessoas como
anteciparam.
No final da sua breve aparição, o
Papa Francisco desejou a todos “um Natal de esperança, justiça e fraternidade”.
Fonte: Agência Estado.
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